Com a lesão do zagueiro Juan, sofrida na última
quarta-feira, no empate em 2 a 2 com a Chapecoense, pelo Brasileirão,
o Flamengo decidiu
trazer de volta ao elenco um jogador que estava dispensado: César Martins
, já
em férias, foi convocado de emergência com apenas um mês de contrato ainda em
vigor no clube. O comentarista Carlos Eduardo Lino encarou o retorno do
defensor como exemplo da falta de planejamento da diretoria rubro-negra.
- Quem inventou isso? É ruim para a diretoria, porque se ele
entra e não joga, dá tudo errado, a diretoria fez besteira. Perde-se a oportunidade
de achar um jogador dentro do grupo. William Arão estava cotado para assumir a posição
de zagueiro, era a possibilidade mais visível. Tinha o Dumas também – disse no
"Seleção SporTV"
.

César estava dispensado desde a derrota por 2 a 0 para o
Vasco, em Manaus, pelo Campeonato Carioca, no dia 24 de maio. O zagueiro tem
contrato até 27 de junho e já havia sido liberado para se apresentar ao
Benfica, de Portugal. O jogador já foi reintegrado ao time e viaja com o grupo
para o duelo contra a Ponte Preta, no próximo sábado.
O comentarista Roger Flores defendeu o lado de César Martins
e disse que ele poderia negar o pedido de voltar ao elenco já que estava descartado pelo clube.
- Uma coisa é se ele tivesse mais um ano de contrato.
Flamengo falaria que não sabe o que fazer, para ele ir para casa e depois daria
uma informação. Outra coisa é faltar um mês e eles dizem “não te queremos mais
aqui” (...) Ele teria até direito de não voltar. Se tem a decisão, não sei quem
passou, mas teve a reunião. Pode pedir um advogado – disse.
O Flamengo tinha cinco zagueiros em sua pré-temporada de 2016.
Wallace e César Martins eram remanescentes de 2015, mas o primeiro optou por
deixar o Rubro-Negro por conta própria, e o segundo acabou cortado pelo
ex-técnico Muricy Ramalho. Antônio Carlos foi vendido para a Ponte. Com a lesão
de Juan, sobrou apenas Rafael Dumas, promovido da base em janeiro. Léo Duarte foi
promovido em março.