Detido desde 2023 como suspeito de matar a torcedora do Palmeiras Gabriela Anelli Marchiano antes de jogo no Allianz Parque, em julho daquele ano, o professor Jonathan Messias Santos da Silva foi condenado na última terça-feira (20) a 14 anos de prisão em regime fechado.

A sentença foi proferida pela juíza Isadora Botti Beraldo Moro, da 5ª Vara do Júri do Foro Central Criminal de São Paulo, após sessão plenária iniciada na manhã de terça e finalizada na parte da tarde.

Ao todo, foram sete votos de jurados, com a maioria apontando culpabilidade por homicídio com dolo eventual. A defesa do réu irá recorrer.

Gabriella Anelli morreu após ser atingida no pescoço por estilhaços de uma garrafa que, de acordo com a investigação do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) da Polícia Civil, foi atirada por Jonathan.

Silva foi ao jogo naquele dia na torcida do Flamengo , entrando no setor visitante do Allianz Parque após a confusão nos arredores do estádio.

Segundo a delegada Ivalda Aleixo, responsável pelo caso, foram usadas imagens do sistema do reconhecimento facial da arena palmeirense e também de câmeras da ESPN para identificar o suspeito.

Posteriormente, Jonathan foi detido pela polícia em 25 de julho de 2023 , no bairro de Campo Grande, no Rio de Janeiro, sendo na sequência transferido para São Paulo.

Ele está detido desde então no Centro de Detenção Provisória de Guarulhos II e prestou depoimento na terça, após oito testemunhas (quatro da promotoria e quatro da defesa) terem sido ouvidas na última segunda-feira (19).

Gabriela Anelli , por sua vez, foi socorrida e levada ao hospital após o incidente com a garrafa, mas sofreu duas paradas cardíacas e ficou em estado gravíssimo. Ela faleceu dois dias depois.