O Flamengo possui uma rica história que não se resume apenas aos grandes jogadores e títulos, mas também é construída por seus funcionários, que desempenham papéis fundamentais na trajetória do clube. Neste contexto, destacam-se José Cardoso de Santana, conhecido como Cardosinho, e Moisés Azevedo, que compartilham suas experiências e a importância de seu trabalho ao longo das décadas.
Cardosinho: 50 Anos de Flamengo
José Cardoso de Santana é o funcionário mais antigo do Flamengo, com 50 anos de clube. Ele descreve sua entrada no Flamengo como um "encontro com o destino". Cardosinho destaca a importância das pessoas que compõem a instituição, afirmando: "O clube é gente, são pessoas. Não é resumido a tintas que pintam paredes ou concreto que se constrói, ou ferro que se arma uma construção. O clube são as pessoas, então quando eu alimento cada um deles, na realidade, são eles que me alimentam."
Sua longa trajetória inclui momentos emocionantes, especialmente durante a conquista da Libertadores de 2019, onde ele pôde vivenciar a euforia e a paixão dos torcedores. Cardosinho também menciona a rica história do clube, incluindo a transição das cores da equipe de azul e amarelo para o rubro-negro, que ocorreu em 23 de novembro de 1896.
Moisés Azevedo: 33 Anos de Dedicados Serviços
Moisés Azevedo, por sua vez, atua como roupeiro há 33 anos, sendo uma testemunha da evolução do Flamengo, especialmente com as recentes modernizações no Ninho do Urubu. Ele relata como o ambiente de trabalho mudou ao longo dos anos e como a dedicação dos funcionários contribui para o sucesso do time.
Moisés recorda os desafios enfrentados ao longo de sua carreira, incluindo a dificuldade financeira do clube em tempos passados. "Naquele tempo, o salário atrasava muito, o roupeiro que tinha naquele momento não aguentou e pediu para sair", relembra. Apesar das dificuldades, ele expressa um sentimento de gratidão, afirmando: "Eu sou um privilegiado", por fazer parte da história do Flamengo.
Museu Flamengo: Preservando a História
O Museu Flamengo desempenha um papel crucial na preservação da rica história do clube, contando com um acervo de mais de 35 mil peças. Com a ajuda de 20 funcionários dedicados, a curadoria do museu garante que os momentos mais significativos do clube sejam mantidos vivos e acessíveis aos torcedores e visitantes.
Guilherme Tardelli, um dos responsáveis pela curadoria, menciona a importância das peças, incluindo camisas e troféus, que contam a trajetória do Flamengo. Ele explica que a história do clube está intimamente ligada a suas cores e símbolos, refletindo a evolução de uma instituição que sempre buscou se reinventar.
Conclusão
As histórias de Cardosinho e Moisés Azevedo não apenas destacam a importância dos funcionários no Flamengo, mas também realçam a conexão emocional que eles têm com o clube. Esses profissionais são fundamentais para a construção e preservação da identidade flamenguista, sendo verdadeiros guardiões da história que molda o presente e o futuro do clube.