Gérson deixou a base do Flamengo por falta de dinheiro. Agora, volta como 2º mais caro

Da falta de dinheiro às cifras milionárias. Gérson nunca escondeu o desejo de vestir rubro-negro profissionalmente, mas o sonho oficializado na última sexta-feira teve que esperar 15 anos para ser realizado. Isso porque o meio-campista chegou a ser aprovado para atuar nas categorias de base do Flamengo , mas não teve dinheiro para seguir. Agora, é a segunda contratação mais cara da história do clube.

Gérson sempre foi tratado como um prodígio na infância. Em Nova Iguaçu, se destacou em uma escolinha de futebol e foi convidado para fazer um teste no Flamengo. A aprovação foi imediata, mas a sua permanência esbarrou nos problemas financeiros vividos pela família do garoto de 7 anos.

Marcos Silva, pai e empresário do meia, trabalhava na Receita Federal, em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, e não conseguia levar o filho até a Gávea de carro - são 48,3 km de distância. Pouco depois, deixou o emprego e ficou sem dinheiro para bancar o transporte do filho. Após um coordenador da categoria de base negar ajuda de custo, o sonho ficou distante.

Gerson com a camisa do Flamengo Foto: Marcelo Cortes/Flamengo
Gerson com a camisa do Flamengo Foto: Marcelo Cortes/Flamengo

O Fluminense soube da situação de Gérson, entrou em contato com a família e o levou para atuar no futsal bancando as suas passagens. O meia terminou a sua formação, se tornou profissional em 2015, foi camisa 10 na Seleção Brasileira de base e se tornou a maior venda da história do Tricolor - sendo comprado pela Roma (ITA) por cerca de R$ 60 milhões.

O sonho do pai foi realizado, mas faltava o do filho. As finanças que um dia foram problema se tornaram números de impacto. A Roma negociou Gerson com o Flamengo por 11,8 milhões de euros por 100% dos direitos econômicos, o que significa R$ 49,796 milhões na cotação atual.

Com isso, Gerson será o segundo jogador mais caro a ser contratado pelo Flamengo, atrás apenas de Arrascaeta, que custará 14 milhões de euros (R$ 63,7 milhões). E a terceira contratação mais cara do futebol brasileiro, atrás do próprio uruguaio e de Tevez para o Corinthians, que pagou R$ 60,5 milhões em 2004.

Fonte: O Globo
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