Com a abertura da janela de transferências internacionais, o Flamengo se coloca em várias frentes para a qualificação de seu elenco, mas adota postura fria e calculista. O gelo no sangue, expressão cunhada pelo vice de futebol Marcos Braz, é a tônica nas negociações em curso.
Após reuniões com o técnico Jorge Jesus, a diretoria ouviu pedidos e uma avaliação sobre o desequilíbrio do elenco. Não concordou totalmente, mas vai tentar atendê-lo sem enfiar os pés pelas mãos na questão financeira.
Como tem fama de bom pagador no mercado, o Flamengo encontra dificuldade para chegar a nomes de alto nível sem decidir abrir os cofres. A estratégia é ir ao mercado europeu em busca das primeiras soluções. Caso não alcance sucesso, outras opções entram na pauta de reforços. Mas a intenção é dar tacadas certeiras.
Hoje, o clube tem na praça consultas ao Roma pelo meio-campo Gerson e o zagueiro Juan Jesus. O meia custaria até dez milhões de euros, mas o Flamengo pretende ouvir da Roma a quantia exigida e fazer uma proposta única, já que conta com o desejo do jogador em voltar ao Rio de Janeiro.
Juan Jesus não é negociação fácil nem a única para a zaga. Na lateral esquerda, Filipe Luis é prioridade, mas outras alternativas estão na mesa. No ataque, desejo extra do treinador português, vários nomes foram oferecidos, mas a aquisição precisará, de novo, de sangue frio para abrir o bolso.
As negociações estão a cargo do vice de futebol Marcos Braz e do diretor executivo Bruno Spindel. Ambos atuaram de forma conjunta no começo da temporada, e trouxeram Bruno Henrique, Arrascaeta, Rodrigo Caio e Gabigol. Agora, o desafio é ainda maior.
As carências na defesa e na lateral continuam. Apesar do acordo com Rafinha, esse ainda é o setor mais carente de opções de qualidade. Ainda mais agora com a visão de Jorge Jesus de que o elenco não tem um segundo volante de fato.
Enquanto não recebe mais jogadores, o português trabalha com o que tem para o jogo do dia 10, contra o Athletico-PR, pela Copa do Brasil.