Em
dezembro, Flavia Saraiva pisava no ginásio do Flamengo como convidada.
Via algumas de suas companheiras de seleção não esconderem a satisfação
por estarem de novo em casa, reinaugurando o local de treinamento depois
do incêndio que o destruiu em 2012. Após meses de conversas e
negociações, a ginasta resolveu transformar o namoro em casamento. Aceitou a proposta para fazer parte da
equipe rubro-negra e será apresentada na tarde desta terça-feira na Gávea. O contrato é válido até 31 de dezembro de 2016.

Aos 16 anos, ela deixa de representar a ONG Qualivida/Três Rios, fundada por Georgette Vidor, para se juntar a um time que conta com Jade Barbosa, Rebeca Andrade, Letícia Costa, Maria Cecília Oliveira,
Thauany Araújo, Julie Kim e Milena Theodoro. Flavinha chega já com chance de ganhar uma placa na parede do ginásio, assim como Jade, os Hypolito, Sergio Sasaki, Luisa Parente e mais outros quatro ginastas que representaram o clube em Mundiais e em Olimpíadas. Ela
espera virar olímpica este ano. Na temporada passada, o xodó do esporte nacional conquistou dois bronzes no Pan de Toronto. Em 2014, ficou com um ouro e uma prata nos Jogos Olímpicos da Juventude de Nanquim.
- Foi muito bom o período que eu passei lá (no antigo clube). Foi a minha
base, onde me formei na ginástica. Essa mudança agora não vai mudar
muita coisa, pois estou treinando com a seleção para o evento-teste. Mas estou feliz por fazer parte de uma equipe forte
como o Flamengo. Eu espero que dê tudo certo. Vou me
esforçar ao máximo para isso acontecer. Vou treinar bastante para ajudar
a manter essa história que o clube tem na ginástica artística - disse Flavinha ao GloboEsporte.com.

A última chance de classificar a equipe brasileira para os Jogos do Rio será
durante o evento-teste, em abril, quando os últimos quatro lugares
estarão em disputa. Caso o Brasil não consiga a vaga, apenas uma atleta
representará o país.
- A Flavia está bem e sabemos da
responsabilidade que todas as meninas da
seleção e ela terão neste evento-teste. Por ser dentro
de casa, brigando por uma vaga olímpica... Tem muita coisa em jogo. Ela
foi bem aqui na Itália (Troféu Jesolo), alcançou a sua melhor soma até
hoje no
individual geral. Vamos trabalhar para manter isso. Já sobre a ida para o
Flamengo, vamos trabalhar para que ela possa ter bons resultados pelo
clube. Toda
competição tem sua importância e as competições de clube também, embora
as ginastas precisem de intercâmbio e competições internacionais para
crescer. As competições internacionais acrescentam muito na carreira da
atleta, mas é importante estar em um clube de tradição como é o
Flamengo - afirmou o técnico Alexandre Carvalho.