A paixão rubro-negra eternizada na pele
O que para muitos pode parecer um sonho distante, para Millena Silva Benites Vaz, de 22 anos, se transformou em uma realidade inesquecível. Na última quarta-feira (2), a jovem campo-grandense viu sua devoção pelo Flamengo se materializar de forma surpreendente ao ter a oportunidade de conhecer, pela primeira vez, o Rei Zico, o maior ídolo da história rubro-negra. O encontro, que ocorreu no aeroporto de Campo Grande, não apenas a deixou emocionada, mas também resultou em uma tatuagem que eterniza esse momento especial.
Uma corrida contra o tempo
A saga de Millena para encontrar o Galinho começou com uma verdadeira corrida contra o tempo. “Desde o começo da semana eu falava pro meu pai sobre o evento. De manhã, meu pai descobriu que o Zico ia chegar em Campo Grande na hora do almoço, me ligou no serviço e eu dei um jeito de adiantar meu horário pra ir com ele pro aeroporto”, contou Millena em entrevista. A expectativa era palpável, e a emoção de finalmente estar diante de seu ídolo foi indescritível. “Foi a primeira vez que vi o Zico e, sério, não dá nem pra explicar o que senti. Na hora em que ele saiu da sala de desembarque, eu só pensava: ‘Meu Deus, o Zico está na minha frente!’”, destacou.
Um autógrafo que se tornou tatuagem
Em meio à agitação dos fãs, Millena conseguiu o que tanto desejava. “Foi tudo muito rápido. Ele cumprimentou todo mundo, assinou minha camiseta e eu ainda pedi para que assinasse meu braço. Eu não estava acreditando que tinha dado certo”, relembra. Com o precioso autógrafo em caneta, a jovem já tinha um plano em mente: transformar aquele momento em algo permanente. O tatuador Joni, que já estava ciente da ideia, havia até instruído Millena sobre qual caneta usar para garantir o traço perfeito. A ansiedade era tanta que o procedimento, inicialmente agendado para o dia seguinte, foi antecipado. “Acabei fazendo a tatuagem no mesmo dia, antes mesmo da palestra, e foi simplesmente um sonho realizado”, comemorou.
Herança de amor pelo Flamengo
A paixão de Millena pelo Flamengo não é apenas uma escolha pessoal, mas uma herança familiar que atravessa gerações. “Minha família paterna inteira é flamenguista. Desde pequena, nas visitas à casa da minha avó, o Flamengo sempre esteve presente. Cresci nesse ambiente, ouvindo falar do clube e, principalmente, do Zico", detalha. Embora não tenha tido a oportunidade de vê-lo jogar ao vivo, sua admiração foi construída através de histórias, vídeos e da rica história do clube. "Infelizmente não tive a chance de vê-lo em campo, mas sempre que posso acompanho os lances antigos e assisto aos podcasts em que ele participa", relata.
Uma conexão eterna com o clube do coração
Para Millena, a tatuagem é muito mais do que uma simples homenagem; é a materialização de um sentimento profundo e a certeza de uma conexão eterna com o Flamengo. Questionada sobre um possível arrependimento, ela é categórica: “Sou flamenguista desde que me entendo por gente e já fazia tempo que pensava em tatuar algo do meu time. Quando soube que o Zico vinha para Campo Grande, foi como se tivesse encontrado a resposta de como seria essa homenagem. Tudo aconteceu de um jeito tão perfeito que parece que tinha que ser agora, do jeito que foi", concluiu.
A história de Millena é um reflexo do que Zico e o Flamengo representam para milhões de torcedores. Uma paixão que transcende o campo e se torna parte de quem somos, agora, literalmente, gravada em sua pele.