Equipe do momento no futebol brasileiro, o Flamengo tenta ser de ‘outro patamar’ até fora do campo.

Por conta da pandemia do novo coronavírus, os clubes foram forçados a uma paralisação, fechando seus CTs e com os jogadores aguardando em casa o retorno das atividades. Isso se torna um desafio para as equipes na mitigação dos impactos desta inatividade sobre os atletas.

Com isso, os departamentos médico e físico do Flamengo estão executando um planejamento ambicioso. Com uma das melhores estruturas disponíveis no Brasil, a equipe rubro-negra busca evitar maiores problemas no futuro, mesmo com desafio que se apresenta a partir da quarentena obrigatória.

Diferente das férias normais, os jogadores são forçados a permanecerem dentro de suas casas. As academias, inclusive as dos condomínios, estão fechadas, forçando o clube a ser inovador. Em entrevista à FlaTV, o preparador português Mário Monteiro deu detalhes sobre o trabalho que está sendo feito com os atletas.

“O atleta recebe uma planilha de treinos. Quando ele termina a tarefa, ele vai à plataforma. Cada jogador tem o seu aplicativo (de celular) registrado numa plataforma. Quando termina, essa informação vai estar lá numa base de dados”, explicou.

Para melhorar as condições dos atletas em suas casas, o clube forneceu kits com equipamentos de ginástica e musculação. As informações disponíveis são avaliadas pela fisiologia e dados como o nível de cansaço, qualidade da estrutura muscular e stress permitem a avaliação qualitativa do treino.

“O Flamengo é o único clube do Brasil que consegue proporcionar esta condição para nossos atletas. Esse é um grande elogio que eu tenho a fazer a toda estrutura do Clube de Regatas Flamengo”, disse Mário Monteiro.

Outro ponto importante é evitar o destreinamento excessivo. Médico do clube, o doutor Márcio Tannure ressalta as diferenças em relação às férias normais. “Quando eles estão de férias, talvez a gente se preocupe um pouco menos com essa questão porque ainda existe um período de pré-temporada. Nessa situação totalmente atípica, que ninguém imaginava que aconteceria, a preocupação é até maior”, afirmou.

“A gente vai ter uma grande quantidade de jogos. Então o nosso sacrifício, especialmente deles, é pra que eles tentem destreinar o mínimo possível”, concluiu.

O Flamengo disputou sua última partida antes da paralisação no sábado, dia 14 de março, contra a Portuguesa-RJ. Desde então os jogadores estão longe do CT Ninho do Urubu, que está com atividades suspensas por tempo indeterminado.