Flamengo se vale de entreposto em Portugal para fechar janela com vendas de olho em lucro futuro

O Flamengo vai fechar a janela de transferências tentando compensar, nem que seja no futuro, o alto investimento aplicado em reforços, com a venda de jovens da base no atacado.

Nesta temporada, o clube consolidou a estratégia de negociar os talentos formados no Ninho e que não estouraram com o futebol português, com o intuito de lucrar em possível revenda futura.

O último caso foi o volante Igor Jesus, a caminho do Estrela Amadora, por 2 milhões de euros (cerca de R$ 12,5 milhões). O Flamengo mantém 50% dos direitos em caso de o atleta se valorizar na Europa.

O clube português, que voltou à elite local ano passado, também foi destino de outros jovens do Flamengo recentemente, como os atacantes Peterson e André e o volante Daniel Cabral.

Todos através do agente Bruno Macedo, português que fez a intermediação na vinda de Jorge Jesus, e virou um importante parceiro em Portugal, assim como seu sócio Giuliano Bertolucci no Brasil.

O escritório em Lisboa é ponto de partida e de chegada de algumas negociações recentes no Flamengo, mesmo que não diretamente no caso dos reforços contratados na atual janela.

Também passaram por ali acordos para levar jovens rubro-negros para o outro destino preferido ultimamente, o Leixões, da Segunda Divisão local, clube que o Flamengo quer comprar em breve.

O Flamengo vendeu o zagueiro Gabriel Noga no começo da janela de transferências e também mandou para lá o atacante Werton, após poucos minutos entre os profissionais.

O modelo de negócio é quase sempre o mesmo. Os atletas são emprestados, como foi o caso do zagueiro, e depois adquiridos em definitivo, como aconteceu com atacante de uma vez.

A ideia é tentar emplacar uma revenda para as grandes equipes portuguesas para que as operações tenham sucesso financeiro e esportivo para todos os envolvidos.

Vale lembrar que as vendas grandes, de Wesley e Fabrício Bruno, não aconteceram por desejo do Flamengo, que nesses casos deixou de arrecadar quase R$ 200 milhões.

Fonte: O Globo