No final de 2018, Rodrigo Caio ficou muito próximo de reforçar o Barcelona . Naquela época, o clube catalão buscava às pressas um zagueiro para reforçar o seu plantel na janela do inverno europeu e também mantinha conversas com o colombiano Jeison Murillo. No fim das contas, a opção foi pelo segundo nome, e o negócio entre Barça e São Paulo pelo brasileiro não andou.

Após a recusa, o defensor, hoje com 27 anos, sequer voltou para o Morumbi e, poucas semanas depois, foi anunciado como reforço para a zaga do Flamengo, que começava a construir o time que seria campeão estadual, da Conmebol Libertadores e Brasileirão em 2019.

Multicampeão pelo Rubro-Negro, Rodrigo Caio se transformou num dos pilares da defesa do clube carioca. E passados alguns anos desde a transferência fracassada para a Espanha, o zagueiro disse, em entrevista ao "UOL", que não se arrepende de ter ficado no Brasil.

"Quando eu saí do São Paulo, eu tinha o Barcelona como principal interessado. As coisas não deram certo e eles acabaram contratando o Murillo, Mas, sinceramente? Eu não me arrependo de nada", começou por dizer.

"Muita gente pode falar: 'Pô, mas era o Barcelona, o sonho de todo jogador' Sim. Mas eu chegaria na temporada de inverno, com um contrato de seis meses. Será que eu teria oportunidade? O Murillo jogou dois jogos. Será que eu jogaria? Poderia ser mais ou menos, não sei. Eu tomei a decisão de vir para o Flamengo. Deus abriu as portas de um clube gigantesco pra mim e isso é o que mais me marca", prosseguiu.

Sobre a trajetória no Flamengo, o defensor afirma que após a saída do São Paulo, já que não tinha mais clima para permanecer no Morumbi, sabia que reencontraria um lugar para voltar a atuar em alto nível.

"Minha confiança no meu futebol sempre foi muito grande. Sempre soube que chegaria a oportunidade para voltar a jogar em alto nível e eu teria que agarrar com unhas e dentes. Graças a Deus pude fazer minha história no Flamengo. Eu tinha convicção de que eu iria arrebentar no Flamengo", disse.

"Quando eu vesti essa camisa, eu senti que seriam momentos maravilhosos e que eu iria construir uma linda história no Flamengo. Só dependia de mim. Com o grupo que eu encontrei aqui, sinceramente, não tinha como não sermos campeões. Eu só senti algo parecido com isso nas Olimpíadas de 2016", finalizou.

Desde que chegou à Gávea, disputou 92 jogos pelo Fla e marcou cinco gols. Na atual temporada, já se reapresentou, mas ainda não foi relacionado para nenhum jogo, assim como outros jogadores como Arrascaeta, Gabigol, Gérson e Bruno Henrique.