Flamengo: Relembre o que chefe do departamento médico e preparador físico já falaram sobre condição física de Gabigol

Após um 2023 de mais baixos que altos pelo Flamengo, Gabigol revelou ter atuado a temporada inteira com dor. Segundo ele, a ponto de não lembrar "a última vez que joguei sem dor". A contusão na coxa direita teve início no Mundial de Clubes, em fevereiro, e gerou uma entesopatia. Trata-se de uma lesão causada por sobrecarga no tendão do músculo adutor.

A condição física de Gabigol foi assunto no Flamengo nos últimos meses da temporada. A ponto de também ter sido mencionada para explicar a perda da titularidade do atacante na reta final da temporada. Antes do jogo contra o São Paulo, pela última rodada do Brasileiro, o clube emitiu nota anunciando a antecipação das férias do camisa 10 e a realização de um procedimento regenerativo na região.

A possibilidade de fazer esta intervenção já havia sido revelada por Márcio Tannure, chefe do departamento médico do clube, um mês antes. Em 9 de novembro, após a vitória sobre o Palmeiras (3 a 0), no Maracanã, o profissional admitiu que a lesão já era de longa data, explicou o tipo de tratamento que vinha sendo feito e contou sobre o procedimento previsto para o fim do ano.

- O Gabriel tem entesopatia. É uma lesão de sobrecarga nos adutores. Não é de hoje. Já tínhamos diagnosticado e feito uma previsão de tratamento no fim do ano com pequena intervenção de medicina regenerativa, com uso de ortobiológicos. Vínhamos controlando a lesão. Em alguns momentos (ele) sente mais dor, em outros momentos está assintomático. Diante de tudo isso, faltando seis jogos, a gente optou por tratá-lo e fazer o procedimento no fim do ano. Se até o fim do ano a dor estiver incapacitante... No momento não está. (Mas) Se isso aumentar de maneira que tenhamos de parar, vamos parar para tratar.

A queda de rendimento fez Gabigol perder espaço no ataque ainda com Sampaoli no comando. Ele passou o clássico contra o Botafogo, em 2 de setembro, no banco. Até então, uma reserva pontual. O que deixou de ser na segunda partida da final da Copa do Brasil, contra o São Paulo, três semanas depois. Aquele seria o último jogo do time sob o comando do técnico argentino. Mas a situação do camisa 10 não mudou com a chegada de Tite.

A condição física de Gabigol sempre foi tratada como uma preocupação pela atual comissão técnica. Em 22 de outubro, após a vitória no clássico contra o Vasco, o preparador físico Fábio Mahseredjian chegou a projetar o futuro do atleta de forma positiva.

- Gabigol vem evoluindo. Vejo margem de evolução ainda, tanto que ele tem feito sempre complementos após o treino. Nós enxergamos nele uma boa margem de evolução. Ele tende a crescer fisicamente ainda - afirmou.

Um mês depois, no triunfo sobre o Bragantino (partida da qual Gabigol estava suspenso), Mahseredjian voltou a falar sobre o atleta. Desta vez, aprofundou-se um pouco mais no tratamento feito na época.

- A estratégia foi um tratamento conservador. Semana passada ele ficou mais tempo com a fisioterapia. Nós, por vezes, fizemos alguns trabalhos só físicos e sem bola. Essa semana ele começou com o trabalho com bola e também vai ser observado nesta sexta-feira (24/10).

Gabigol não guardará as melhores recordações da temporada 2023. Foram 56 jogos. Destes, 28 vitórias, 12 empates e 16 derrotas. Das 11 partidas do time sob o comando de Tite, ele foi relacionado para nove. Mas só saiu do banco em sete. Foram 20 gols marcados, sendo o último na vitória sobre o Coritiba (3 a 2), pela primeira rodada do 2º turno do Brasileiro.

- Esse ano aconteceu de eu jogar machucado o ano todo. Tive uma lesão no adutor no Mundial, em fevereiro. Eram sequências de final, então era importante eu estar em campo. Não queria largar o osso, mas sei que faz mal só para mim, porque a lesão era por desgaste no tendão do adutor... Mas aí foram acontecendo muitas coisas. Tinha que ter parado em algum momento. Mas é tão louco o futebol... Mas é tudo em consenso com médico, com o treinador. Meu corpo pediu "calma aí um pouquinho". Não lembro a última vez que joguei sem dor. Não consegui jogar 100%, mas foi um risco assumido e eu também faço parte disso - contou Gabigol durante sua participação no podcast Podpah, nesta segunda.

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Fonte: Extra