Diego deixou o Maracanã na quarta-feira como um dos vilões da eliminação do Flamengo para o Athletico Paranaense na Copa do Brasil . O meia abriu a disputa de pênaltis, mas bateu muito mal, para fácil defesa de Santos, piorando seu aproveitamento da marca da cal para menos de 65%.
Desde que chegou ao clube rubro-negro, o camisa 10 cobrou 14 pênaltis, convertendo nove e perdendo cinco, índice de acerto de exatos 64,2%. Nos três tiros mais recentes, perdeu todos, sendo que, em 2019, em quatro vezes que esteve na marca da cal, só fez um gol, no Campeonato Carioca .
Ainda pesa contra Diego o histórico em cobranças decisivas, como a da derrota para os paranaenses. Ele perdeu na decisão da Copa do Brasil de 2017, contra o Cruzeiro ; e também em duelo pela liderança do Brasileiro daquele ano, em empate em 2 a 2 contra o Palmeiras , que acabaria campeão.
Em jogos desse tipo no Flamengo , Diego só conseguiu se sair bem no Estadual, no qual converteu pênalti que deu a vitória sobre o Vasco na semifinal da Taça Guanabara de 2017; e também na decisão daquele turno, em disputa contra o Fluminense – os rubro-negros foram derrotados, porém.
Após a eliminação, Diego defendeu-se lembrando o passado, citando que foi campeão do mundo pelo Porto em pênaltis e venceu duas vezes a Copa América batendo. Seu histórico da marca da cal, contudo, também tem uma histórica polêmica na Alemanha, que acabou até em multa.
Tudo aconteceu em 2011, em derrota do Wolfsburg , time de Diego, para o Hannover, por 1 a 0. Já com o placar adverso, o brasileiro foi derrubado na área e quis cobrar o pênalti para empatar.
O problema é que o batedor oficial da equipe, Patrick Helmes, estava em campo e pediu para bater. Os dois chegaram a discutir enquanto Diego se preparava para chutar, enquanto, do banco, o técnico Steve McLaren pedia para que o ex-atacante alemão, já aposentado, tivesse a bola.
Diego ignorou as orientações, cobrou o pênalti e... acertou o travessão. Na transmissão oficial da partida, foi possível ver McLaren vermelho de raiva após o lance, gritando com o meia.
“Uma decisão foi tomada, o time sabia, Helmes sabia, todo mundo sabia. Todos sabiam da situação assim que aconteceu. Nós tínhamos certeza que Helmes deveria bater o pênalti. O resultado e como isso aconteceu deixou um gosto ruim na boca”, criticou o treinador, após o episódio.
Diego, por sua vez, minimizou o erro na ocasião. “Não sei qual é o problema, já bati pênaltis antes. Não vejo nenhum problema”, afirmou ele, que acabou afastado da partida seguinte do Wolfsburg e também multado em valor que, na época, equivalia a R$ 230 mil.