Flamengo inutiliza câmaras hiperbáricas para recuperação de atletas lesionados e muda rumo do departamento médico

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A mudança de diretoria do Flamengo levou a novos rumos no futebol do clube. Mesmo com a profissionalização pretendida, a área médica é a que mais sofre com mudanças de metodologia.

Novo chefe do setor, José Luiz Runco tem condenado as práticas consideradas modernas pelos profissionais que estavam no clube nos últimos anos. E feito alterações significativas.

Recentemente, duas câmaras hiperbáricas foram inutilizadas no CT Ninho do Urubu. Elas eram usadas para acelerar a recuperação de lesão, e são adotadas por atletas de ponta como Cristiano Ronaldo.

Divergência sobre tecnologia

Segundo os novos profissionais, não há estudos no mundo que comprovem benefício dos equipamentos aos atletas de futebol. Fora riscos de queimaduras no procedimento.

O Flamengo foi o primeiro clube no Brasil a adquirir as câmaras, usadas na Europa há mais tempo. A ideia era ter cada vez mais. Pois os atletas passaram a usar com frequência.

Para implementar a tecnologia, o departamento médico se embasava em dezenas de estudos internacionais sobre o tema e sua eficácia.

A câmara eleva a concentração de oxigênio em até 30%, o que acelera a regeneração e o tratamento de lesões. Mas a metodologia é vista como desnecessária pelo novo chefe médico.

Runco, soube o blog, também credita o excesso de lesões recente ao modelo de recuperação dos jogadores. E se assustou com algumas soluções consideradas "milagrosas".

Além da câmara hiperbárica, há ressalvas quanto ao tratamento com outros métodos alternativos, alguns já assimilados pelos atletas do Flamengo. O desafio agora é mudar a cabeça deles.

Longe do dia a dia do CT, Runco sofreu resistência nos primeiros movimentos em relação aos jogadores, e delegou a função ao médico Fernando Sassaki, que ocupava a chefia do setor na base.

O fisioterapeuta Fabio Marcelo é outra cara nova para implementar a nova filosofia, ao lado do fisiologista Claudio Pavanelli. A nova direção acredita que os métodos serão assimilados.

Fonte: O Globo