Flamengo discute novo estádio em reunião com Conselho e adia cronograma de construção

Na noite desta quarta-feira (17), a Gávea se torna o palco de uma reunião crucial para o Flamengo. A diretoria do clube se encontra com o Conselho Deliberativo para discutir os próximos passos na construção do novo estádio. Com os estudos de viabilidade já concluídos, a estimativa de investimento para o projeto varia entre R$ 2,5 bilhões e R$ 2,8 bilhões.

Mudanças no cronograma do projeto

Inicialmente, a previsão de inauguração, acordada com a prefeitura do Rio de Janeiro, era para novembro de 2029. No entanto, a nova gestão, liderada pelo presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, decidiu adiar essa expectativa. Ao assumir o cargo, Bap encomendou análises à FGV Projetos e à Arena Events+Venues, consultora que já havia trabalhado com a administração anterior de Rodolfo Landim. A revisão dos números revelou que o valor de R$ 1,9 bilhão, apresentado anteriormente, estava subestimado.

Os dirigentes do Flamengo perceberam que os custos foram projetados de forma conservadora, enquanto as receitas, como um possível naming rights de R$ 800 milhões, foram superestimadas. Diante desse cenário, a diretoria optou por desacelerar o processo e buscar diálogo com órgãos essenciais, como a prefeitura, para entender o impacto viário na região do Gasômetro.

A nova abordagem financeira

Com a determinação de não estabelecer uma nova "deadline" para o projeto, Bap enfatizou que a construção do estádio só ocorrerá quando o clube tiver plenas condições financeiras. O objetivo é evitar comprometer o desempenho esportivo e a saúde financeira do Flamengo, especialmente em um momento em que o custo do terreno, avaliado em R$ 138,2 milhões para 2024, levou a nova diretoria a conter despesas no primeiro semestre.

A gestão atual, agora em uma posição financeira mais estável, ainda busca alternativas para viabilizar o projeto. No entanto, a transformação do futebol rubro-negro em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) está fora de cogitação. Além disso, a estimativa de R$ 2,5 a R$ 2,8 bilhões não considera a possibilidade de o clube recorrer ao mercado em busca de empréstimos, o que, com a taxa de juros a 15% ao ano, tornaria os valores ainda mais elevados.

O sonho da torcida e a realidade econômica

Embora a construção do novo estádio seja um sonho compartilhado por grande parte da torcida, a diretoria acredita que não há necessidade de apressar os processos. A gestão do Maracanã foi otimizada, permitindo que o clube mantenha sua competitividade. Assim, os primeiros anos da administração de Bap são vistos como fundamentais para aumentar o potencial financeiro do Flamengo e expandir suas receitas, criando condições para a construção do estádio no futuro.

A frase "muito dinheiro já está dentro do clube" foi repetida em diversas ocasiões para reforçar a necessidade de aumentar as receitas. Comparações com a parceria entre WTorre e Palmeiras, que resultou na construção do Allianz Parque, são consideradas improváveis, dado o cenário econômico atual, que difere significativamente do período das obras para a Copa do Mundo de 2014.

Próximos desafios em campo

Enquanto a discussão sobre o novo estádio avança, o Flamengo se prepara para importantes compromissos em campo. Os próximos jogos incluem um confronto contra o Estudiantes (C) no dia 18 de setembro, às 21h30 (de Brasília), pela CONMEBOL Libertadores, e um duelo contra o Vasco no dia 21 de setembro, às 17h30 (de Brasília), pelo Brasileirão. A torcida rubro-negra aguarda ansiosamente por essas partidas, enquanto o futuro do novo estádio permanece em pauta.

Fonte: Redação Netfla
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