O Flamengo faturou nos nove primeiros meses de 2019 mais do que em 2018 e 2017 inteiros. O número está presente no demonstrativo financeiro rubro-negro até setembro, disponibilizado no site oficial do clube. No período, R$ 634,38 milhões entraram nos cofres da equipe.
Nos exercícios das duas últimas temporadas inteiras, os valores foram inferiores: em 2018, foram R$ 516,78 milhões em receitas; e, em 2017, R$ 623,68 milhões.
O valor recorde é explicado, principalmente, por crescimento significativo nas receitas provenientes de bilheteria e venda de jogadores na comparação com o mesmo período no último ano.
A boa fase em campo, por exemplo, reflete em presença no estádio, com bilheteria rendendo R$ 65,3 milhões até setembro de 2019, enquanto, até o mesmo mês de 2018, eram R$ 39,8 milhões.
Já no repasse de direitos federativos, a receita em 2019 é de R$ 295 milhões, enquanto até setembro de 2018 foi de R$ 63,5 milhões. Na cifra, há dinheiro de Lucas Paquetá ( Milan ), Fernando Uribe ( Santos ), Jean Lucas ( Lyon ), Léo Duarte (Milan), Trauco (Saint-Etienne) e Cuéllar (Al Hilal).
Por outro lado, o dinheiro de televisão, com a nova divisão de direitos e mudança de fluxo no pagamento, foi um pouco menor que o de 2018 até setembro. Há um ano, R$ 175,4 milhões; agora, R$ 161,3 milhões. Também houve queda leve com os patrocínios: R$ 64,5 milhões contra R$ 51,9 milhões.
No total, as receitas do Flamengo até setembro em 2018 eram R$ 382,9 milhões.
Gastos e superávit
Arrecadando mais, o Flamengo também subiu os gastos em 2019. Foram R$ 531,8 milhões gastos em nove meses, enquanto em 2018, no mesmo período, a cifra foi de R$ 354,9 milhões.
O maior aumento está no gasto com negociações de atletas, R$ 109,3 milhões contra apenas R$ 13,4 milhões em 2018 até setembro. Por consequência, a folha salarial também engordou, subindo de R$ 175,6 milhões há um ano para R$ 215,6 milhões no mesmo período.
Considerando apenas o futebol, os reforços que chegaram ao Flamengo no segundo semestre de 2019, como Rafinha, Filipe Luís e Gerson, fizeram a folha salarial subir aproximadamente R$ 5 milhões. Nos seis primeiros meses do ano, a média rubro-negra no quesito era de R$ 17,18 milhões, enquanto de junho a setembro, período que coincide com a chegada dos novos nomes, R$ 21,95 milhões.
Mauro Cezar explica como Flamengo pretende contratar nomes como Cavani para 2020; assista
Nada, contudo, que impedisse o Flamengo de fechar os nove primeiros meses do ano no azul, com superávit de R$ 74,72 milhões – no mesmo período em 2018, o valor foi de R$ 28,5 milhões.