Filipe Luís diz que "coisas externas machucam", mas vê Flamengo blindado e exalta "atuação inédita"

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— Primeiro dizer que é um grupo muito bom, que gosta de trabalhar, que quer vencer e quer ganhar. Eu lembro que, quando eu era jogador e vinha um treinador, o que a gente mais queria era treinos chatos e que nso dessem soluções para vencer. Esse grupo não era o que gostava de rachão de treino divertido, mas caminho para vitória. Como eu fazia parte desse grupo, eu sei da força que eles têm quando se unem.

— Essas coisas externas machucam, mas, no fim das contas, é um grupo fechado, de amigos, irmãos . um grupo que se cobra olhando no olho. É blindado a esse tipo de coisa. É ruim, mas eles se blindam, conversam entre eles e é o que está no alcance porque o futebol é dos jogadoes. Pode estar explodindo tudo, mas eles que entram em campo e é a imagem deles que está exposta. E eles estão sempre prontos para dar o melhor pelo Flamengo.

O Flamengo voltou a vencer em Bragança Paulista depois de 29 anos (a última vez tinha sido em setembro de 1996, quando ganhou por 1 a 0 com gol de Bebeto). Filipe Luís rasgou de elogios a partida de sua equipe, a ponto de classificar a atuação como inédita, e enalteceu Evertton Araújo e Viña:

— Enaltecer o esforço dos jogadores, que correram os 90 minutos sem parar, todos eles. Jogadores que vinham jogando menos como o Evertton Araújo, que fez um jogo esplêndido. Ele nunca entrou num jogo calmo, sempre entrou na fogueira, e gostaria de enaltecer o jogo que ele fez. A volta do Viña também, que fez um excelente jogo e é muito importante para a gente.

— Há muitos anos, 29 anos sem vencer aqui. Eu particularmente joguei aqui alguns anos e não tinha tido esse gostinho da vitória. Muito difícil porque é um time muito bem treinado e que pressiona e defende muito bem, sofre pouco no campeonato. Vimos isso nas análises, sofre pouco pelo grande trabalho do Seabra. Isso nos dá muita força para sair com uma atuação que eu não tinha visto nenhum time fazer dentro do estádio deles.

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Veja outras respostas da coletiva:

— É um campeonato muito longo, e a gente sabe da força que tem o Cruzeiro, o Palmeiras, os times que estão na parte de cima da tabela. E o Bragantino é um deles. Quando empatou o jogo, a primeira atitude dos meus jogadores foi buscar a bola, colocar no meio e pressionar novamente o Bragantino para poder virar o jogo. E isso fora de casa porque eles sabem que estão no Flamengo e sempre temos que tentar vencer, o empate não vale. Com essa atitude, time continuou jogando, colocando a bola no chão e nossas chances começaram a vir cada vez mais e fizemos o segundo gol em uma grande jogada.

— Eu confio muito no elenco que eu tenho. Confio na qualidade que eles tem. Não é peso falar que, para mim, são os melhores. Coloca responsabilidade em cima de mim, mas eu não me importo. É o que eu sinto. Sim, temos desfalques, mas é um elenco muito competitivo. Nico, Erick (Pulgar), Allan, os laterais que vocês sabem bem, são jogadores competitivos. Sempre ajudam a equipe a lutar pelos três pontos.

— Queria ter colocado ele de titular hoje, era meu pensamento começar com ele, mas até conversei com o Arrascaeta antes do jogo e disse que se começasse com ele teria que tirá-lo com 60 minutos de jogo. Porque é um jogador que, como falei na última coletiva, está há 10 meses sem jogar 90 minutos. Então preferi usar ele no segundo tempo, onde o jogo estaria mais aberto e poderíamos explorar mais essa força que ele tem de ataque. Agora, confesso que entrar do jeito que ele entrou, depois de 10 meses, não esperava que fosse acabar com o jogo do jeito que ele fez. Estou muito feliz por ele, mas não é uma surpresa. É só olhar como ele treina, como ele aquece, se prepara, é o primeiro em tudo, acaba o treino exausto. Então isso, o futebol te devolve.

— É jogador que entra em qualquer posição e está crescendo cada vez mais. Entrando nesses momentos adversos, e ajudando a equipe na defesa e no ataque. E é uma coisa que ele tem: gols e assistências. Então quis deixar jogadores assim em campo.

— Falei com o Boto agora, não sei como está. Mas é incrível um jogador da base passar tudo que ele passou aqui e ter tido essa volta por cima que ele teve. De vaiado a valer 30 milhões de euros e poder escolher aonde jogar. Mérito dele. Ele trabalhou muito e merece isso. Mas se for concretizado, agradecer tudo o que ele fez pela e desejar que ele seja feliz.

— Não é surpresa para mim. Conheço o Seabra, de quando ele começou no Cruzeiro. Eu sou bem amigo do Paulo Autuori, que foi o cara que deu toda confiança para ele no Cruzeiro e me interessei pelo trabalho dele. Tem um analista que trabalhava com ele que é meu amigo e eu sempre fazia perguntas, e me contava como ele trabalhava. Eu via que o time dele era sempre muito organizado, com ideias claras, conceitos, soluções e isso me chamava bastante a atenção. É um time muito difícil, e um dos que melhor pressiona no Campeonato Brasileiro. Também tem jogadores rápidos, fortes, com soluções e não me surpreende que esteja na parte de cima da tabela.

— Agora, brigar pelo título em um campeonato tão longo, com tantas viagens, são palavras maiores. Em 2023 o Bragantino estava na briga até o final. Então, pela estrutura e pela organização creio que é um time que sempre vai estar na parte de cima da tabela.

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