Após o empate em 0 a 0 contra o Cruzeiro, nesta quinta-feira (2), no Maracanã, Filipe Luís concedeu entrevista coletiva e tratou sobre a queda de desempenho de Samuel Lino, que foi alvo de vaias ao ser substituído. O treinador fez questão de defender o atacante, explicando os motivos da oscilação e pedindo paciência da torcida.
Filipe reconheceu que o jogador atravessa um momento de instabilidade, lembrando que ele teve um início avassalador pelo Flamengo, a ponto de ser convocado para a Seleção. No entanto, o técnico atribuiu parte da queda de rendimento ao desgaste físico após uma sequência de jogos intensos.
“O Lino teve uma sequência muito pesada de jogos, muito difícil. O jogo da Libertadores teve uma carga grande, depois de três dias teve que jogar também contra o Corinthians, onde foram jogos muito difíceis e eu optei por dar essa sequência de minutos pra ele. Fisicamente, talvez ele sentiu um pouco no jogo contra o Corinthians e isso faz o rendimento cair um pouco”, explicou.
O treinador ainda fez questão de defender o estilo de jogo do atacante, ressaltando que jogadores dribladores naturalmente perdem mais bolas por arriscar o confronto direto.
“É importante que vocês e também a torcida entendam que os dribladores são os jogadores que mais perdem bola. Isso é uma coisa natural do futebol, nas estatísticas, em todos os lugares”, disse, citando exemplos do próprio elenco.
“Sempre que você tem um driblador, que no nosso caso será Cebolinha, Michael, Samuel Lino, o próprio Plata quando joga aberto, são jogadores que arriscam um contra um e se expõem muito”, completou.
Filipe revelou que a ideia era explorar o duelo individual entre Lino e o lateral William, mas a estratégia acabou neutralizada pela marcação cruzeirense.
“Uma das coisas que eu tentei muito hoje era explorar esse um contra um dele contra o William, mas o Cruzeiro dobra muito bem a marcação, então vinha dois, três, e não era um jogo fácil pra ele a nível tático”, avaliou.
O técnico lamentou a reação da torcida e assumiu a responsabilidade pelas jogadas arriscadas pedidas ao jogador.
“O difícil é isso, que na primeira vez que ele dá uma oscilada já vem a vaia e isso, claro, quase sempre são com os dribladores. É importante que a gente saiba que esse tipo de jogador, ele tem a confiança do treinador”, reforçou.
“Sou eu que peço pra ele driblar, sou eu que peço para ele ir pra cima, para ele ir para essa jogada individual, porque quando ele consegue passar ele gera muita vantagem. Então espero que ele não se abale com isso, porque é uma coisa absolutamente normal e que ele recupere a alegria e continue indo pra cima o quanto antes”, concluiu.
O próximo desafio de Samuel Lino e do Flamengo será no domingo (5), contra o Bahia, na Arena Fonte Nova, às 18h30.