Filipe Luis assume a camisa 16 do Flamengo: 'Venho para ajudar, não sou o salvador da pátria'

Filipe Luis foi oficialmente apresentado pelo Flamengo na tarde desta sexta-feira. Das mãos do vice de futebol, Marcos Braz, e do diretor de futebol, Bruno Spindel, o lateral-esquerdo recebeu a camisa 16, que passará a ser sua nos próximos dois anos e meio.

Na entrevista coletiva no CT do Ninho do Urubu , o jogador falou da emoção de estar no clube do coração, da difícil escolha de largar a Europa e voltar ao Brasil e mandou um aviso: não é o salvador da pátria.

– Foi uma decisão muito difícil, depois de 15 anos jogando na Europa, ter ofertas para continuar lá e voltar ao Brasil. Quando o Flamengo liga o coração balança. Eles (família) sabem o que significa para mim o Flamengo. A minha esposa está aqui e meus filhos também, estão aqui vendo. Muitos não entenderam minha decisão, mas eles sabem o que significa para mim o clube. Só foi possível porque tem um projeto, a grandeza de querer lutar por todos os títulos, todo o projeto está aí. Venho para ajudar, não sou o salvador da pátria, venho para somar – disse na coletiva.

A demora em aceitar a proposta do Flamengo teve um outro motivo além de sair da Europa: os gramados brasileiros. Por ter jogado a Copa América com a seleção brasileira, quando se sagrou campeão no dia 7 de julho, no Maracanã, o jogador afirmou que desanimou com as condições dos campos nos estádios do país.

– Eu desanimei um pouco na Copa América, por causa dos campos, gramados. Mas vim preparado para qualquer coisa, protestos. Eu vim para ajudar. Passar um pouco da experiência. Adaptação não será fácil – falou.

Filipe Luís já pode estrear com a camisa do Flamengo. O zagueiro está regularizado após seu nome aparecer no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF, na manhã desta sexta-feira. Com isso, ele está apto para estrear no Campeonato Brasileiro e fica à disposição do técnico Jorge Jesus.

VEJA OUTROS TRECHOS DA COLETIVA:

Negociação

Foram conversas interessantes e intensas. Não foi questão financeira, poderia ter ficado na Europa. Foi o desafio de entrar para a história do Flamengo. Pouca gente tem essa chance. E hoje o Flamengo nos proporciona isso.

Conversamos muito. O poder de convencimento desses caras é impressionante. (Braz e Spindel). Conversei com a minha esposa, e ela falou que iríamos para um lugar que realmente me queriam, onde vou me sentir importante e querido. Isso faz toda diferença.

Ídolo Athirson

O cara que mais segui no Flamengo foi o Athirson, o jeito que jogava e conduzia a bola. Até tentava imitar. Mas o que mais me marcou foi o gol do Pet, contra o Vasco, no Carioca. Momento mais emocionante que vivi.

Torcida

Entendo o lado do torcedor, ansiedade, querendo uma resposta rápida. A minha mensagem que posso passar é dentro de campo. Se eu mostrar que estou bem, quero ajudar e vou dar a minha vida pelo Flamengo, o torcedor estará ao meu lado.

Adaptação

Sei que a adaptação não será fácil. Até desanimei um pouco durante a Copa América por conta dos gramados. Mas venho para encarar qualquer situação. Venho para ajudar com a experiência que adquiri lá fora.

Fonte: Extra
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