Filho de mecânico e fã de carros antigos, Varela brinca com boa fase no Flamengo: "Motor está turbinado"

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Mas o que mais chamou a atenção na imagem foi um carro antigo nas cores rubro-negras. O modelo, que ele via seu pai desmontar na infância, Varela comprou recentemente. O veículo veio do Paraná e foi entregue em sua casa (veja no vídeo abaixo) . O uruguaio já estreou indo num encontro de carros antigos em um posto de gasolina no Rio e planeja ir também para os treinos no Ninho do Urubu.

— Gosto muito de carros, agora estou gostando um pouco mais de carros antigos. Comprei um (Volkswagen) GTi, sou muito entusiasta dos carros.

A referência automobilística surge até na hora de comentar a boa fase nos campos:

— Motor está bom, turbinado (risos).

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Varela surpreendeu a todos ao ser escalado por Filipe Luís como volante e se destacou. Ao ge , o lateral explicou de onde veio sua desenvoltura na posição e como foi o papo com o técnico, a quem chama de "Fili", quando surgiu essa ideia:

— Eu já tinha falado com o Fili que existia a possibilidade de jogar no meio. Ele me perguntou se eu já tinha jogado, falei que sim porque quando jogava na Alemanha fiz três ou quatro jogos de volante. Mas foi muitos anos atrás. Para voltar a jogar nessa posição, tem que pelo menos treinar, porque não é de um dia para o outro e vai jogar bem. Mas o Fili me dá confiança, meus companheiros também, eu estou com confiança, fisicamente estou bem... Então ajuda o processo.

Veja outras trechos da entrevista:

ge: O pessoal já está brincando com você dizendo que virou um Coringa igual ao Gerson?

Varela: — Estão brincando muito, até na seleção estão brincando (risos). Eu sou lateral; se tenho eu fazer outra função, sem problema, mas sou lateral.

Qual é o segredo para o Varela para estar voando fisicamente e não sentir o peso do calendário?

— A chave é treinar bem. Tipo, dar o máximo, seja (treino) físico, jogo ou um treinamento muito específico. Importante dar o máximo para quando tiver que jogar estar bem preparador. Porque quem joga está bem fisicamente, mas quem não joga tanto tem dificuldade às vezes para entrar no ritmo de jogo, que é diferente. Então o segredo, para mim, é treinar bem.

Você brincou antes da gravação que está velho aos 32 anos. Acha mesmo isso?

— Parece que estou velho, mas no futebol a idade é só um número. Tanto para jogadores jovens, de 15, 16 17 anos, que jogam no profissional, quanto para os "velhos", para mim (idade) é só um número.

Você está há dois anos e meio no clube. O que o Flamengo trouxe de especial para sua carreira?

— Quando cheguei ao Flamengo, sabia da grandeza desse time, mas estando aqui... Gente de fora pode perceber mais ou menos como é, mas aqui é totalmente diferente. No último jogo (a entrevista foi feita depois da partida contra o Deportivo Táchira) a gente ganhou, mas não parecia, ficou inconcluído ainda. Sempre a gente quer mais, a torcida cobra, com razão. Mas estou muito feliz pelo momento que vivo, perto da renovação, se Deus quiser. E espero que seja um grande ano para todos.

O que te faz querer ficar? É a experiência de saber que hoje em dia não tem mais aquela coisa de só se sentir importante se for titular?

— Acho que sim, mas também de personalidade. Lógico que gosto de jogar, todo mundo gosta, mas também tem que saber o momento dos outros. Wesley está em grande momento, seleção brasileira, procurado por bons times... Então para mim, o objetivo lógico é sempre jogar, mas se não der como titular, é estar preparado para quando o Fili colocar para jogar. Tenho que estar 100% para fazer de boa maneira, seja lateral-direito, lateral-esquerdo ou volante.

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Como se sente ao ver que o Boto e o Filipe Luís dizerem que você é a prioridade para renovar?

— Fico muito feliz, lógico. Um cara como o Boto, o Fili, priorizarem minha renovação é muito importante. Muito contente, mas também fico um pouco triste falando do Arrasca. Ele para mim é um Deus aqui e no Uruguai. Um cara muito humilde, que também quero que ele fique. Então, por mim, seria: vamos renovar com ele e depois... Ou os dois juntos, seria bom (risos).

Vai começar agora a Copa do Mundo de Clubes. Você que já jogou na Europa, o que pode passar de experiência para companheiros que nunca enfrentaram esses times?

— Vai ser difícil porque os times lá, fisicamente, são brabos. Mas o Flamengo está preparado, nós temos um elenco muito forte também. Tanto no banco quanto os titulares, estamos muito bem. Não vai ser fácil, mas Flamengo tem elenco para brigar pelo título. Acho que vai ser jogo a jogo. Vai ditar como estaremos no campeonato, logicamente, mas vejo com bons olhos.

Vocês veem jogos dos europeus? Comentam uns com os outros?

— Quando olha a Premier League, você vê a qualidade dos caras lá. São muito intensos, todo mundo está forte, os juízes deixam jogar, não é como aqui, que qualquer coisinha é falta. Temos que ir preparados para enfrentar esse tipo de jogo.

E como está a vida de pai? O que a Milena mudou na sua vida?

— A responsabilidade. Era sempre eu e minha mulher, mas agora toda atenção é para ela. Onde vamos comer, o que vamos comer, hora que tem que dormir, tomar banho... Uma responsabilidade enorme. No campo, os gols todos vão para ela (risos).

E as primeiras palavras dela são em português ou espanhol?

— Minha filha é carioca, nasceu aqui. Ela fala, de momento, espanhol, mas daqui a pouco vai começar na escola e vai aprendendo mais o português.

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