Principal esperança da natação brasileira para uma vaga olímpica na
prova dos 100m peito, a jovem Jhennifer Conceição, de 19 anos, irá disputar o
Troféu Maria Lenk - última seletiva olímpica brasileira -, em observação. Ou
seja, a atleta não estará representando nenhum clube. O motivo é uma
disputa
jurídica entre a nadadora e o Flamengo
. O torneio começa nesta sexta-feira, e a
prova de Jhennifer está marcada para sábado.
ENTENDA O CASO
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Após quatro anos competindo pelo Rubro-Negro, Jhennifer decidiu trocar
clube carioca pela equipe do Pinheiros no início do ano. Porém, o Flamengo
relutou em liberar a atleta, e a transferência foi parar no Superior Tribunal
de Justiça Desportiva (STJD) da natação.
Após conseguir oficializar na Confederação Brasileira de Desportos
Aquáticos (CBDA) o vínculo com o Pinheiros em março, Jhennifer ficou impedida
de disputar o Maria Lenk representando o clube paulista depois que o Flamengo
conseguiu uma liminar - decisão temporária - reestabelecendo o contrato que tem
com a nadadora até o fim de 2016.
O Flamengo alega que houve falta de ética e transparência de Jhennifer
no processo de transferência e exige uma multa para a saída da nadadora. Já a
defesa da atleta afirma que havia irregularidades no contrato, que está sendo
questionado na Justiça trabalhista.
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Para evitar que a disputa jurídica atrapalhasse a tentativa de Jhennifer
de se classificar para o Rio 2016, a nadadora disputará a competição em
observação, sem representar nenhum clube. Nas eliminatórias, a atleta poderá
competir com as demais inscritas, porém, sem poder se classificar para a
decisão. Para não ser prejudicada, ela poderá nadar uma tomada de tempo sozinha
ao fim de todas as finais do dia.
Além da prova individual dos 100m peito, Jhennifer também é candidata a
uma vaga no revezamento 4x100m medley do Brasil, prova em que foi medalhista de
bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015.