NETFLA | Todas as notícias do flamengo em um só lugarO ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho, que já foi banido do futebol por manipulação de resultados, fez declarações polêmicas sobre Bruno Henrique, atacante do Flamengo, em uma entrevista recente. Edílson, ao criticar a pena de 12 jogos imposta ao jogador, demonstrou um aparente desconhecimento dos detalhes do caso.
“Bruno Henrique pegou só 12 jogos? Por qual motivo? Por que nenhum jogo, então? Já que é para ser punido, que puna com criminal. Se pegou 12 aqui, tem que ser punido criminalmente. Se ele foi punido, é porque pecou, errou, ludibriou. Para mim, ele teria que ser banido. Banido”, afirmou Edílson em conversa com Duda Garbi.
Sua crítica se estendeu ao caso de Lucas Paquetá, que foi inocentado de qualquer irregularidade. “O Lucas Paquetá... Eu assisti aos jogos. Hoje eu assisto muitos jogos. Assisti o Lucas Paquetá; querendo tomar cartão amarelo a torto e direito. Dando pontapé a todo lado e o árbitro não dava”, disse.
A Falta que Não Existiu
Edílson também comentou sobre o lance que originou a investigação contra Bruno Henrique, ocorrido em 2023, durante uma partida entre Santos e Flamengo. Para o ex-árbitro, a falta foi clara, mas essa interpretação é contestada por muitos, incluindo a defesa do jogador, que argumentou que a falta não ocorreu. “O Bruno Henrique, em Santos x Flamengo, foi uma falta clara”, declarou Edílson, ignorando a análise que aponta a inexistência do toque.
A situação se agravou quando Edílson fez uma afirmação infundada de que Bruno Henrique teria avisado familiares e amigos sobre a intenção de receber um cartão amarelo. “E o Bruno Henrique, pelo Flamengo, pelo que vejo nos noticiários, o Flamengo pediu. Toma o terceiro hoje para perder o próximo. Até então, normal, todo clube faz isso para limpar para jogar aquele clássico importante. Mas não ele, o Bruno Henrique, avisar o seu irmão, seu cunhado, seus amigos, 'olha, vou tomar o cartão amarelo e vocês apostam nesse site'”, disse, propagando informações que não condizem com a realidade.
A Verdade sobre Bruno Henrique
É importante destacar que a condenação de Bruno Henrique foi por atitude anti-desportiva, relacionada à comunicação de que sofreria um cartão amarelo, a pedido do próprio clube. Ao contrário de Edílson, que foi punido por manipulação de resultados, Bruno Henrique não prejudicou sua equipe, e o Flamengo não se beneficiou de apostas. O julgamento do jogador considerou que ele apenas comentou com seu irmão sobre a possibilidade de forçar o cartão, sem que isso configurasse uma irregularidade.
Reflexões de um Árbitro Banido
Edílson, sem hesitar, relembrou sua própria condenação. “Os dois têm que ser banidos. Porque vão continuar. Eu fui banido, naquela sexta-feira lá em casa, chegou a Polícia Federal, eu já sabia, acabou a minha carreira. E quando eu fosse descoberto eu seria banido”, concluiu, refletindo sobre sua trajetória marcada por escândalos.
No documentário 'Máfia do Apito', Edílson admitiu seu envolvimento em um dos maiores escândalos do futebol brasileiro, reconhecendo que sua atuação alterou o resultado do Campeonato Brasileiro de 2005. “Eu mudei o campeão brasileiro. Sem a máfia do apito, a equipe campeã seria o Internacional”, afirmou, lembrando que 11 jogos apitados por ele foram anulados pelo STJD.
As declarações de Edílson geraram repercussão e levantaram questões sobre a ética no esporte, especialmente em um momento em que a integridade das competições está sob constante vigilância.
