Dorival alerta para dificuldades no Uruguai e pede paciência com o Corinthians: "Estamos no processo"

– Enfrentamos uma equipe que se comportou pela característica da partida, fizeram uma linha com cinco homens, uma linha com quatro, muito difícil de se entrar. Tivemos poucas infiltrações porque os espaços eram mínimos. As trocas de passes eram disputadas, travadas, pouca inspiração. Nós nos doamos na partida, mas percebia-se que precisávamos de um algo a mais para buscar o resultado.

– A troca de passes aconteceu, em muitos momentos de forma morosa, faltava uma dinâmica maior, mas acho que encontramos isso no segundo tempo. Ainda não é o ideal, mas estamos no processo e procurando melhorar a cada jogo –iniciou o treinador, reconhecendo que o desempenho não foi dos melhores.

Mais notícias do Corinthians :
+ Elenco celebra vitória e projeta clássico com o Santos
+ Veja como foi o jogo contra o Racing, do Uruguai
+ Atuações: dê suas notas aos jogadores do Timão

Preocupado com o clássico do próximo domingo, contra o Santos, na Neo Química Arena, Dorival escalou uma equipe reserva no Uruguai. A consequência direta foi a dificuldade do Timão para criar chances no ataque, evidenciado a falta de entrosamento do grupo.

O treinador reconheceu que o sistema ofensivo tem passado por uma queda de rendimento e explicou que vem trabalhando no dia a dia para solucionar o problema e devolver ao Timão a força artilheira da temporada passada.

– A maior parte dos nossos trabalhos buscamos o trabalho de infiltração, criando condições para que existam as triangulações, a tabela, a busca por aproximação. É um processo natural as dificuldades que estamos tendo. As marcações estão concentradas, assim como nós estamos sofrendo apenas com lances isolados. Espero um crescimento coletivo, vemos individualmente alguns jogadores despontando, tendo confiança. Estamos em um caminho interessante e espero que a evolução continue.

+ Leia mais notícias do Corinthians

Para buscar a vitória fora de casa, Dorival mudou o time no intervalo e mandou a campo Yuri Alberto, Coronado e André Carrillo. Foi justamente dos pés do peruano que nasceu a jogada que resultou no gol marcado por Matheus Bidu.

– O objetivo era o resultado, não importava atuarmos bem. O resultado era o ideal, não acontecendo, para nós a praticidade do resultado era muito importante. Como todos nós tínhamos conhecimento disso, natural de repente tenhamos de acelerarmos em demasia em alguns momentos, não optando pela melhor decisão – finalizou Dorival, mais uma vez reconhecendo a atuação abaixo do esperado, porém enaltecendo o resultado.

Com a vitória desta noite, o Timão foi aos oito pontos ganhos no Grupo C da Copa Sul-Americana, ultrapassou o América de Cali e entrou na zona de classificação para a repescagem. Na última rodada do torneio, o Alvinegro encara o Huracán, na Argentina, precisando de uma vitória para garantir a vaga ao mata-mata.

Readaptação a dirigir um clube após a seleção e o fato de comandar os quatro grandes de São Paulo
– Fico feliz com isso. Ao longo da minha carreira tive três convites do Corinthians , em todos estava trabalhando, nunca quebrei um contrato, mesmo sendo oportunidades importantes. procurei seguir o que havia determinado com as equipes que estava. Agora tendo essa oportunidade, fico muito feliz. É um processo de readaptação. Estávamos nos adaptando à seleção, um trabalho todo diferente. A readaptação é essa loucura de um campeonato atrás do outro. Jogamos a primeira pela Copa do Brasil, a segunda pelo Campeonato Brasileiro e a terceira pela Sul-Americana. Três competições em uma semana, uma diferente da outra, exigindo uma readaptação mais rápida nossa que estávamos em outra condição.

Yuri entrando no segundo tempo e Carrillo pela direita
– É uma função que ele conhece bem, não vejo dificuldades, ele sempre encontra espaços e cria boas situações. É um setor que Carrillo conhece e se sente muito à vontade e pode contribuir bastante para nossa equipe. O Yuri, nós tínhamos uma semana pesada, vinha de uma sequência grande. Estamos tentando evitar o que vemos nas equipes, em todas, problemas musculares, tirando às vezes três jogadores a cada partida. Isso que estamos tentando evitar. Essas mudanças vão continuar acontecendo, porque é uma sequência muito grande que pode tirar resultados melhores. Lembra a atuação contra o Flamengo ? Queremos evitar ter uma atuação como aquela.

Jogador de velocidade é necessidade?
– Estamos conversando bastante internamente. Dificilmente vou expor qualquer situação em relação a contratações. Estamos atentos ao mercado sempre. Temos trabalho contínuo de observação, Fabinho está trocando informações a todo tempo. Sabemos a necessidade, as carências que precisaremos, falo em cima de características. Tudo isso vai acontecer de maneira natural, sem apressemos qualquer situação e possemos dentro da nossa situação buscar as melhores situações possível para que continuemos buscando uma evolução, buscando o time ideal, a equipe que possa no dar uma boa resposta.

🎧 Ouça o podcast ge Corinthians🎧

+ Assista: tudo sobre o Corinthians na Globo, sportv e ge