Contratado por R$ 78 milhões no final de 2023 pelo Flamengo , o meio-campista Nicolás De La Cruz não conseguiu engrenar com a camisa do time carioca. Após grande expectativa, o uruguaio sofreu com o excesso de lesões e ficou bem aquém do esperado, principalmente pelo futebol que mostrou em anos anteriores no River Plate .

Em entrevista ao GE , De La Cruz contou como a parte física foi o seu grande calcanhar de Aquiles no Flamengo e que tem em mente o sentimento de “dívida” com o clube carioca, uma vez que foi um reforço caro e pouco pôde fazer em campo para ajudar o Rubro-Negro.

“Obviamente que estava tudo muito lindo, mas tinha que jogar, tinha que render, sabia o preço alto que haviam pagado por meu passe, então também é uma responsabilidade, um compromisso que eu sinto internamente que tenho que devolver ao clube a impressão que tinha criado”, disse o uruguaio.

O ano de 2024 foi marcado por dois extremos para De La Cruz. Com Tite, no primeiro semestre, o meio-campista foi titular absoluto e era um dos destaques da equipe. No entanto, logo após a Copa América , disputada nos Estados Unidos, o atleta acumulou três lesões, sendo uma delas no joelho direito, e não conseguiu mais ter uma sequência.

Na conquista da Copa do Brasil por parte do time carioca, por exemplo, De La Cruz não esteve presente nas decisões e, no final da temporada, o uruguaio alternou participações como titular e reserva, mas também não conseguiu recuperar o futebol apresentado no início do ano.

“Comecei bem, me sentia bem, com o decorrer dos meses fui me adaptando ao que era o futebol brasileiro. Fui entendendo que o Carioca era um período de transição para o que vai ser a preparação para o ano. Conseguimos vencê-lo e foi importante, porque sempre digo que ganhar também se treina, eu não gosto de perder”.

“Nem no truco, Arrasca pode confirmar (risos). Mas à medida que foram passando os meses, fui me sentindo um pouco mal com meu físico, começaram as dores, comecei a sofrer algumas pequenas lesões que foram-se agravando à medida que continuava o ano. Tentei mudar algumas coisas da minha vida cotidiana para voltar a me sentir pleno. Sempre vou querer estar dentro de campo”, explicou.

“Às vezes a gente joga bem e às vezes não, mas nunca vou negociar o esforço. Às vezes estava 100%, às vezes estava a 70, a 80%, mas tentava jogar, porque isso é o que melhor sei fazer. A verdade é que me custou muito ao final do ano”, disse De La Cruz.

“Creio que depois da Copa América, que para mim foi um desgaste mental importante, aí meu nível começou a abaixar consideravelmente, eu sou o primeiro responsável e o primeiro que faz autocrítica disso. Depois, ao final do ano, quando chega Filipe, que começamos a falar e a entender um pouco do ele esperava de mim, obviamente que ali tudo voltou a se reconstruir”.

“Creio que não terminei o ano da melhor maneira, mas já está se desenhando o que vai ser esse próximo ano, e nas férias foi mais ou menos o que tentei fazer”, finalizou.

Em 2024, entre seleção do Uruguai e Flamengo, o meio-campista realizou 49 partidas, com apenas dois gols marcados e oito assistências concedidas.

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