- Eu não sou torcedor do Flamengo por moda. Teve um determinado momento em que todo mundo achava maneiro torcer pelo Flamengo . Eu peguei desde pequeno, quando o Flamengo lutou para não cair para a Série B, o início dos anos 2000, era duro. Eu estou calejado, acho que eu merecia pegar um momento assim tranquilo também (risos) - disse Danilo durante participação no primeiro episódio do Mengocast, o podcast do clube.
- (O gol do Pet) é um símbolo da minha infância, brincando no campinho de terra lá em Bicas a coisa que eu mais tentava repetir era aquele gol. A final da Copa do Brasil, quando o Flamengo perdeu para o Santo André, foi um momento muito triste para mim. Eu estava assistindo sozinho na sala da minha casa e falei: "Preciso um dia ser jogador do Flamengo para vingar esse sentimento que está dentro de mim". Foram vários outros momentos em que o Flamengo teve dificuldades, até o título brasileiro de 2009. Eu aguentei firme... Naquele momento, pela situação que o Flamengo vivia, a gente não sabia qual outro troféu o Flamengo poderia ganhar no ano. Então a gente se agarrava ao Campeonato Carioca - completou o zagueiro.
O Flamengo que Danilo agora defende como jogador considera o Campeonato Carioca uma obrigação e foi campeão em 2025. O time, que também venceu a Supercopa, ainda vai disputar Brasileirão, Libertadores, Copa do Brasil e Mundial nesta temporada.
Com lesão na coxa direita, Danilo está sendo preparado para retornar aos gramados na estreia do Flamengo no Brasileirão, contra o Internacional, no dia 28 de março. O zagueiro foi ao Ninho do Urubu e deu continuidade ao tratamento nesta sexta, enquanto o elenco ganhou folga.
Filipe Luís
- O Fili, o Mister, né? Professor... Não sei ainda como me dirigir a ele (risos). Sabe quando você vê um menino bater na bola a primeira vez e fala "esse vai ser bom de bola"? O Filipe segue essa mesma linha como treinador. A partir do nosso primeiro contato por telefone, falando sobre ideias de futebol, já falei: "Esse vai ser bom". A gente sempre teve uma sinergia muito grande enquanto jogávamos juntos na Seleção, foram muitos anos. Lá atrás ainda, quando ele começou a treinar o sub-17, eu falei com ele: "Você é maluco, não pegou nem dois meses de descanso". Eu já sabia que ele seria um treinador importante. Legal destacar que ele sabe que sabe muita coisa, que está fazendo um trabalho bem legal de colocar uma cultura na cabeça dos jogadores de posicionamento, de leitura de jogo e de comportamento também. Ele tem muito a evoluir e é muito aberto à troca de informações, esse pé no chão é o que vai levar ele ainda mais longe.
- Cada clube precisa de um treinador com o DNA do clube. O Filipe entendeu muito bem isso aqui no Flamengo , de um futebol ofensivo, agressivo, correndo riscos. Isso me deixou muito curioso e me fez perceber que ele tem esse "quê a mais" dos grandes treinadores, e ele pode vir a ser um dos grandes treinadores do futebol mundial sem dúvidas.
Filipe Luís e Danilo aplaudem a torcida após a vitória do Flamengo — Foto: Gilvan de Souza & Paula Reis / CRF
Foi contratado para ser zagueiro mesmo?
- Filipe deixou bem claro que minha contratação seria prioritariamente como zagueiro central, mas obviamente, como fiz em toda minha carreira, podendo atuar também em outras posições, como as duas laterais e até meio-campista. As pessoas ficam com a imagem da seleção brasileira, onde joguei como lateral todos esses anos, mas desde o Manchester City eu jogo a maior parte das partidas como zagueiro central. É onde eu me sinto mais à vontade e hoje em dia posso expressar meu potencial máximo. Ele deixou claro que eu viria para ser zagueiro central, mas me coloquei à disposição para fazer outras posições: "Não estou indo para passear e vou fazer sua vida difícil, porque quero jogar".
Qual título é sua prioridade em 2025?
- O Campeonato Brasileiro. Acredito que é o campeonato nacional mais difícil de se jogar no mundo, tratando-se de qualidade, de intensidade, de diversificação de adversário, clima, distância. Tudo isso torna o Campeonato Brasileiro atraente e difícil de jogar. Vencer o Brasileiro seria muito importante para colocar na minha galeria e adicionar aquilo que já pude vencer... Por mais que exista favoritismo de alguns times quando vão jogar fora, a probabilidade de ter um jogo extremamente complicado e de você perder é muito grande, independentemente da posição do outro time.
Chegada ao Flamengo
- Entrei em contato com um passado que estava meio escondido, um sonho de criança mesmo. Quando a gente vira adulto, com os compromissos e responsabilidades, muita coisa fica adormecida, e a gente acha que não existe mais. O primeiro contato que eu tive com o Flamengo reacendeu tudo o que eu sentia, de representar o clube que eu torcia. Cada dia é emocionante.
Dois títulos já conquistados (Supercopa e Carioca)
- Estou aproveitando a onda, o pessoal está ganhando e estou no bolo também. As duas primeiras semanas foram mais de observação, para entender a dinâmica do clube. Gosto de saber o nome de todos, desde quem trabalha na cozinha, fisioterapia, acho muito importante essa proximidade e respeito. Me senti muito à vontade e pude ser eu naturalmente. Quero ajudar meus companheiros com trabalho, observações e uma mentalidade que eu aprendi ao longo de todos esses anos.
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