Cria do Flamengo lembra goleada sobre o Corinthians e comparação com Baixinho: "Romagno ficou marcado"

Revelado pelo Flamengo , Magno viveu seu auge no clube no clássico entre as duas maiores torcidas do Brasil, no Maracanã. No ano seguinte foi defender o Grêmio, ano que Romário chegou ao Rubro-Negro, que comemorava o centenário. Ele garante que o apelido pegou por conta da sua atuação inesquecível contra o Corinthians, mas deixou claro que não tinha como ser comparado ao Baixinho.

- O Romagno (apelido) ficou marcado por causa desse jogo, o pessoal começou a comparar muito a velocidade, com a habilidade e a técnica. A finalização com o Romário. Claro que Romário é fora de série, não tem nem como comparar com ele porque foi um cara que era meu ídolo, me espelhava muito nele. Mas eu sempre gostei quando me chamavam pelo nome. O Romagno ficou bom porque depois eu fui para o Sul e todo mundo me chamava Romagno também. Mas, Romário só tem um - disse .

Magno, depois de deixar o Flamengo , passou por Grêmio, Groningen-HOL, Alavés-ESP, Graafschap-HOL, Omonia e AEK Larnaca, ambos do Chipre. Por onde passou fez seus gols e conquistou títulos, como a Copa Libertadores de 1995 com o Tricolor Gaúcho. Mas o que sempre carregou durante toda a carreira até os dias de hoje foi o apelido. Romagno ficou na memória dos fãs.

- Levei na boa, na esportiva, na brincadeira. Romário é Romário, é incomparável. Ele ali dentro da área não se compara. Bom para mim é que ficou marcado, o pessoal até hoje me chama. Quando fala do Romagno, todo lembra. Isso foi lá para o Rio Grande do Sul onde tenho uma história com o Grêmio também, pessoal sempre chega e fala "Romagno", foi uma coisa boa.

"Por outro lado, o pessoal já achava que eu tinha que jogar igual ao Romário. É uma coisa que às vezes pode atrapalhar ou não, depende da cabeça do jogador. Mas acho que foi bom"

A história de Magno começou no futsal em Curitiba, de lá saiu para fazer testes no Flamengo e não voltou. Foi aprovado pelo então treinador da base Marcos Paquetá. Assinou com o clube, atuou pouco no juvenil e logo passou ao time de juniores. Subiu ao time profissional e atuou com jogadores que depois tiveram grande sucesso no futebol: Paulo Nunes, Djalminha, Marcelinho, Marquinhos e Junior Baiano. Mas foi um ídolo do Flamengo e de Zico que o tratou como um verdadeiro filho na Gávea:

- No Flamengo eu encontrei uma pessoa que me ajudou muito, que foi o Dida. Um dos maiores ídolos da história do Flamengo , e ele me passou muitas coisas boas que me fizeram melhorar muito a técnica, movimentação, o faro de gol. Então foi uma pessoa que me ajudou muito.

"Naquele ano de 94 subiram muitos jogadores da base, então nós tínhamos uma equipe jovem mesclada com jogadores já cascudos. Era um time muito bom, mas faltava experiência"

Nem mesmo os gols em 1994, além da ótima atuação contra o Corinthians, fizeram Magno seguir na Gávea. No ano seguinte, quem chegou foi Romário, consagrado como melhor do mundo e campeão da Copa com a Seleção Brasileira. A dupla com Romário ficou no quase, mas o ex-atacante não se arrepende da escolha que fez ao atuar pelo Grêmio, onde participou de um ano histórico:

- Em 95 tinha propostas de outros clubes, acabei indo para o Grêmio. Com a chegada de Romário, Edmundo, o Sávio estava em alta também, acabei aceitando uma proposta do Grêmio. Conversei com o Felipão, com os dirigentes, e acabei indo com o Paulo Nunes. E 95 foi aquele ano histórico do Grêmio, que tudo deu certo, chegamos em várias finais, fomos campeões da Libertadores, acabamos perdendo nos pênaltis pro Ajax na final em Tóquio.

Palpite para o clássico deste sábado? Apontaria o Romagno da vez? Magno responde:

- Acho que o Flamengo vai se soltar nesse jogo, vamos colocar uns 3 a 0 nesse jogo aí para o Flamengo .

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