Um Flamengo quase todo reserva manteve o domínio da equipe principal diante do Botafogo-PB, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, mas as peças escolhidas por Filipe Luís mais uma vez pecaram na pontaria. Sem Pedro, preservado, o ataque de peso formado por Bruno Henrique, Plata, Luis Araújo e Michael não foi capaz de transformar o controle de jogo em gols. Foi preciso que Joshua, meia de 17 anos, estreasse no profissional para fazer 1 a 0 nos minutos finais e tirar o time do sufoco.
Antes do jogo da volta, dia 21, no Maracanã, o Flamengo vai com tranquilidade focar no Brasileiro, com o Cruzeiro pela frente, domingo, e na Libertadores, diante do Central Córdoba, na quarta-feira, em jogo importante para a classificação.
A decisão de poupar boa parte dos titulares na Copa do Brasil não fez tanta diferença para a criação das jogadas, já que desde a defesa o Flamengo atuou com jogadores técnicos e com capacidade de chegada. Foram mais de vinte finalizações no jogo. Sem ter que se preocupar muito com a marcação, a linha defensiva formada por Varela, Danilo o jovem João Victor e Ayrton Lucas jogou para frente, protegida pelos dois volantes, Allan e Everton Araújo.
Com uma postura dominante, o Flamengo manteve a bola no campo do adversário, rodou até encontrar espaços diante de uma defesa fechada, e teve boas chances. A principal delas no primeiro tempo nos pés de Michael, que recebeu de Bruno Henrique de frente para o gol e conseguiu errar a baliza, chutando para fora. O Flamengo terminou o primeiro tempo com 70% de posse de bola e 14 finalizações. Matheus Cunha não trabalhou e assistiu três arremates.
No segundo tempo, o Flamengo seguiu em cima e teve de cara duas boas chances, uma com Plata e outa com Luis Araújo. Michael passou a jogar do lado direito e abrir mais espaços por fora. Logo depois, porém, o atacante saiu para a entrada de Juninho, centroavante de ofício. Em cruzamento de Varela, Juninho furou a primeira, livre de marcação.
A essa altura o técnico Filipe Luis mandara a campo Gerson, Cebolinha e Matheus Gonçalves. Mas o problema continuava a ser a finalização, não a criação. De longe, Gerson tentou em vão. Plata, que havia feito o comando de ataque, a ponta e o meio, saiu para a entrada do jovem Joshua. Mais um meia para abrir espaços, já que Arrascaeta nem viajou. E em cruzamento da direita, após cabeçada de Juninho, a joia aproveitou o rebote, para o delírio da torcida do Maranhão.