Flagrado no meio do conflito entre torcedores do Peñarol com a Polícia Militar do Rio de Janeiro, Guillermo Varela recebeu 'apoio' de Marcos Braz .

Em entrevista à TNT Sports , o vice de futebol do Flamengo esclareceu que o lateral-direito do clube foi somente socorrer amigos que estavam no meio do tumulto e ainda o defendeu que o atleta "estava no lugar errado".

“As cenas lamentáveis que vimos no Rio de Janeiro, a orla cheia, a gente pouco acredita que o futebol mereça. Varela treinou normalmente, fez todas as atividades no clube. Chegou a ir ao almoço dos jogadores e comissão técnica, daí saiu para encontrar dois amigos, pelo que o Varela passou para mim. Estava extremamente preocupado com esses dois amigos e foi com o carro dele perto dos dois amigos”, disse.

“Em determinado momento, quando já estava bastante confusão, chegou a PM, que pediu para que ele saísse do carro. Ele não estava fora do carro, em nenhum tipo de confusão. Estava no lugar errado, não deveria estar, mas não estava em nenhum tipo de tumulto. Quando viram que era ele, o mundo de hoje simplesmente não tolera”, seguiu.

“Em 5 minutos você tem 300 imagens. Ele sai dali e volta normalmente para o almoço que fizemos hoje. Até aproveitar que estavam falando em festa, mas não tinha festa nenhuma, apenas um almoço em lugar bem reservado, com funcionários do futebol, para que a gente possa se unir mais nessa reta final”, completou.

Em seu perfil no Instagram, Varela informou que não participou de nenhum ato de violência e afirmou que já conversou com Marcos Braz sobre o ocorrido.

"Nação Rubro-Negra, como registrado nas redes sociais, estive na Praia do Recreio para resgatar dois amigos que estavam assustados com a confusão. Não participei de nenhum ato de violência. Perdemos contato assim que cheguei ao local. Esperei por 15 minutos e fui abordado por policiais militares que faziam o seu trabalho", escreveu.

"Após tudo ser resolvido, me encaminhei para um almoço com os meus companheiros e comissão técnica. Já conversei com o vice-presidente de futebol, Marcos Braz. Peço desculpas pelo mal entendido e reafirmo o meu compromisso de levar o Flamengo aos títulos! Saudações Rubro-Negras!", finalizou.

Entenda a confusão com torcedores do Peñarol no Rio

Torcedores uruguaios do Peñarol que estão no Rio de Janeiro para a partida contra o Botafogo , válida pela semifinal da CONMEBOL Libertadores , se envolveram em uma confusão no Recreio nesta quarta-feira (22) .

No início da tarde, segundo a Polícia Militar, todo o cenário de barbárie começou depois de um furto de celular que teria acontecido em uma padaria no local. Desde então, os atos de vandalismo começaram.

Polícia Militar e Corpo de Bombeiros chegaram ao local da confusão para conter os danos. Um conflito com torcedores aconteceu. Cerca de 1h30 depois, os torcedores foram contidos e encaminhados para a delegacia.

A Avenida Lúcio Costa, trecho que liga a orla da praia do Recreio dos Bandeirantes à Barra da Tijuca, chegou a ser interditada por segurança.

Em suas redes sociais, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro também divulgou nota sobre o ocorrido. "Nesta tarde, torcedores do Peñarol iniciaram uma confusão com um grupo de pessoas, além de cometerem uma série de atos de vandalismo, saques e depredação de estabelecimentos comerciais e veículos. Diante da gravidade, policiais do #BPChq foram acionados para conter o tumulto".

Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro também usou seu perfil nas redes para publicar uma nota de repúdio pelas atitudes dos torcedores. "O Rio não é lugar de baderna. Determinei que as polícias prendam, levem para a delegacia e escoltem para fora do Rio de Janeiro os torcedores do Peñarol, que causam uma confusão generalizada na Zona Oeste. Já estamos levando para a Cidade da Polícia mais de 200 detidos".

"Estamos atuando na região do Recreio com o 31° BPM, o Batalhão de Choque, o Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão e o Batalhão de Policiamento em Estádio. Futebol é um esporte de festa e união. Não vamos permitir que esses marginais venham atrapalhar o dia a dia da população com ações de selvageria e vandalismo. Cenas como estas não podem se repetir", finalizou.

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