O Flamengo tem Varela no topo da lista de prioridades para renovação de contrato. Enquanto o lateral-direito uruguaio negocia um novo vínculo - seu atual vai até o fim deste ano -, outros jogadores do elenco, como Arrascaeta, Pedro e Rossi terão de aguardar. É o que garante o diretor-técnico José Boto, que esclareceu sobre a pausa nas negociações com os demais atletas.
Após a vitória do rubro-negro sobre o Bahia por 1 a 0, ontem, no Brasileirão, o dirigente explicou que o clube quer renovar com o meia, o goleiro e o atacante, mas seus contratos mais longos não o fazem ser prioridade neste momento. O maior temor é de perder Varela de graça ao fim desta temporada.
- O Arrascaeta, tal como o Rossi, tal como o Pedro, são jogadores que têm contrato até o final de 2026. Ou seja, não quer dizer que a gente não quer renovar com eles. Agora, não são prioridade. E nós fomos bem claros que a única prioridade que temos é do Varela. E por quê? Porque o Varela, daqui a dois meses, pode assinar por outro clube qualquer, sem ter que dar nenhuma satisfação ao Flamengo, e depois, no final do ano, mudar de clube. Portanto, é a única prioridade que tem. Em qualquer parte do mundo, as prioridades para a renovação de contratos são dos jogadores que têm o seu término de contrato na temporada vigente - disse Boto a jornalistas no Maracanã.
O ponto fora da curva nesta filosofia foi Gerson, que, recentemente, renovou até 2030. Boto disse que esta situação se deu porque o meia tinha um salário considerado defasado internamente - seu vínculo anterior iria até 2027. Além do mais, o Flamengo havia recusado uma proposta do Zenit, da Rússia, para sua contratação.
- O único caso que não foi assim foi o do Gerson, porque realmente o Gerson tinha um salário muito desfasado em relação àquilo que era o resto do elenco. E, como vocês sabem, e isso foi verdade, houve uma proposta do Zenit que nós recusamos. E então nós nos achamos na obrigação de por o salário do Gerson um pouco mais alto. E mais, condizendo com aquilo que ele representa para o clube - explicou Boto.
O diretor garantiu que as conversas com outros jogadores serão retomadas - ou mesmo iniciadas - futuramente:
- Vamos conversar quando chegar a altura própria. Com ele (Rossi), com o Pedro, com o Arrascaeta, com outros que vão acabar o contrato em 2026, que não são prioridade agora, pois estamos em 2025.
Na sexta-feira, ao receber uma homenagem do Flamengo pelos 100 jogos feitos, Rossi se pronunciou pela primeira vez após a tentativa de assalto sofrida na madrugada da quinta, e aproveitou para pedir um avanço nas negociações pela renovação de seu contrato.
— Muito feliz e vou tentar continuar essa pequena história que estou escrevendo aqui. Já brinquei com o diretor (Boto) para renovar (o contrato), agora que aconteceu isso (risos)... para ter certeza de ficar mais tempo aqui — disse Rossi à FlamengoTV.