A contratação de Mikey Johnston, que já estava com passagem marcada para o Rio de Janeiro, foi interrompida por uma decisão direta do presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap. A medida gerou repercussão imediata entre torcedores e imprensa, levantando a hipótese de que o dirigente teria atropelado a autoridade de José Boto, responsável pelo departamento de futebol.
Durante a campanha eleitoral, Bap garantiu que manteria distância das decisões operacionais do futebol, assegurando autonomia ao setor. De maneira geral, ele realmente evita interferências, mas desta vez considerou necessário intervir por entender que a contratação seria arriscada e pouco vantajosa.
Segundo apurado, o presidente avaliou que o desgaste físico do jogador poderia impactar diretamente no aproveitamento dele ao longo da temporada. Com um calendário extenso e mais de quatro mil minutos disputados ao longo do ano, o Flamengo exige atletas com bom histórico físico. Bap, então, analisou informações do departamento médico sobre Johnston antes de tomar a decisão.
O presidente deixou claro que o veto não se deve à qualidade técnica do atacante, mas sim a preocupações com sua condição clínica. O alerta surgiu apenas nos estágios finais da negociação, como explicou o dirigente, já que o processo de contratação envolve várias etapas e a avaliação médica é uma das últimas.
Por fim, Bap destacou que o funcionamento do clube é baseado em processos por setores e que cada contratação passa por múltiplas avaliações antes da aprovação final o que, neste caso, culminou com sua decisão de barrar o negócio.