Se no dia em que estreou no Campeonato Mundial de League of Legends, na quinta-feira (3), o Flamengo chegou a receber elogios pelas exibições diante Damwon e Royal Youth pelo turno do Grupo D, neste sábado a equipe brasileira se exibiu bem aquém do esperado e acabou sendo eliminada ainda na Fase de Entrada.
Em entrevista concedida à imprensa, após a eliminação, o caçador sul-coreano Shrimp fez uma breve análise do dia do Flamengo: “Sinto que a gente jogou bem”. De acordo com o jogador, “não praticamos muitas coisas. Só treinamos uma ou duas coisas para md1 e, por isso, acho que a gente perdeu”.
O Flamengo perdeu as três séries que disputou pelo returno da chave, sendo duas delas para o representante da Turquia. No primeiro duelo contra Royal Youth, a equipe brasileira viu os turcos pickando Blitzcrank para a rota inferior, o que surpreendeu a todos segundo Shrimp.
“Não víamos Blitz há muito tempo e ficamos um pouco assustados. Por isso, jogamos de forma passiva. Foi um bom pick para eles porque ficamos surpresos”, comentou.
Também de acordo com Shrimp, Royal “sabia como ganhar os jogos. A condição de vitória era um splitpusher forte no lado vermelho, como a Fiora, além de um pick safe na rota inferior, um 2 vs 2 forte no mid e 3 vs 3 no topo. Claro que é um time bom, mas não são tão bons em macro. Só que não sabíamos jogar contra split pusher, então é por isso que perdemos”.
Diferente daqueles que criticaram o draft feito pelo Rubro-Negro na partida de desempate do Grupo D, também contra Royal Youth, o caçador coreano acha que a equipe fez as escolhas certas: “A gente previu um splitpusher forte, como Camille, Kled ou algo do tipo, e escolhemos o Nocturne. Acho que ele só jogaram melhor”.
Shrimp comentou ainda a declaração dada pelo meio do Damwon, o compatriota Showmaker, que disse que o Flamengo precisa melhorar a rotação. “A gente focava as duas lanes no CBLoL, então estamos acostumados a jogar com o bot, mas não com o top. A gente treinou muito, mas não tivemos muito tempo. Então acho que era a nossa fraqueza e, por isso, o Showmaker mencionou”, analisou.
O caçador falou ainda sobre a diferença da postura dos jogadores em scrim - os treinos - e nas partidas oficiais: “Na scrim, as pessoas não se importam com morrer ou fazer todas as jogadas direito, mas no palco todo mundo joga passivo, seguro. Sei disso. No palco, sabia que as pessoas iam jogar mais seguro, então eu sabia que precisava fazer um novo caminho na jungle para gankar. Tem muita diferença entre scrim e as partidas oficiais”.
*A jornalista viajou a convite da Riot Games