Mais do que só pelos três pontos no Campeonato Brasileiro, a vitória do Flamengo ontem contra o Juventude, por 4 a 2, no Maracanã, foi importante para solidificar ainda mais o trabalho de Filipe Luís como técnico da equipe principal. Mesmo desfalcado de alguns nomes importantes, como Alex Sandro e De La Cruz, com problemas musculares, e Bruno Henrique, suspenso, o rubro-negro teve bom desempenho e, apesar dos dois gols sofridos, agradou aos 60 mil torcedores presentes. De quebra, a partida ainda marcou o reencontro de Gabigol com as redes depois de três meses. Foram 14 partidas de jejum.
Destaques silenciosos
Autores dos outros gols do Flamengo, Michael, Gonzalo Plata e principalmente Arrascaeta, também foram bem. Mas, ao longo dos 90 minutos, pode-se dizer que Gerson e Wesley foram os principais responsáveis pelo funcionamento do time dentro de campo. O capitão, inclusive, foi quem sofreu o pênalti polêmico, cobrado por Gabigol no início da segunda etapa para colocar o rubro-negro na frente do placar novamente (2 a 1). Além disso, o camisa 8 também deu as assistências para os gols do uruguaio e do equatoriano. Tudo isso na etapa final.
— Muito feliz. Fizemos um grande jogo, com um volume muito alto desde o começo. Fizemos o primeiro gol e continuamos tentando aumentar o placar. Tomamos o empate, mas voltamos para o segundo tempo da mesma maneira, procurando atacar o adversário — disse Gerson.
O segundo tempo, aliás, foi quando o Flamengo de fato teve o controle da partida e conseguiu ser produtivo. Antes, no primeiro, que terminou 1 a 1, o rubro-negro até teve a posse de bola, mas pecou no excesso de zelo e arriscou pouco. Tanto é que o gol marcado por Michael saiu após erro da defesa do Juventude.
Pulgar foi bem na pressão no campo de ataque e roubou a bola, que ficou com Gabigol. O atacante tocou para Arrascaeta, que finalizou em cima de Gabriel. Michael aproveitou rebote, limpou um marcador e chutou bem para marcar pela segunda vez desde que retornou ao Flamengo. Depois, Gilberto foi acionado em contra-ataque, aproveitou bobeada de Léo Pereira e empatou.
Na volta do intervalo, mesmo sem mudanças, Filipe Luís conseguiu melhorar a produção no sistema ofensivo. Retrato disso é que, só no segundo tempo, o Flamengo teve 69% de posse de bola e 11 finalizações, sendo seis no gol.
No geral, o time teve a bola por 74% do tempo e chutou 20 vezes, metade na baliza de Gabriel. O gol marcado por Edson, após bobeada da zaga no jogo aéreo, foi a única oportunidade que o Juventude teve. O time gaúcho teve Nenê expulso aos 30 da segunda etapa, o que freou qualquer ímpeto.
Confiança dobrada
Na próxima quarta-feira, o Flamengo volta a campo pelo Brasileirão contra o Internacional, no Beira Rio, às 19h. A partida é válida pela 17ª rodada. Depois, no domingo, o rubro-negro recebe o Atlético-MG, às 16h, pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil.
— É sempre importante vencer jogando bem. Dá mais confiança para o nosso time, para os companheiros que estavam há um tempo sem marcar e conseguiram hoje, para o Plata, que acabou de chegar... Vamos evoluir. Agora é comemorar um pouco a vitória, porque nós merecemos, e depois pensar no jogo de quarta-feira e no Atlético-MG — celebrou Gerson.