Alerj aprova projeto que destina 18% dos ingressos de futebol a torcedores de baixa renda

Na última quinta-feira, 4 de outubro, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) deu um passo significativo ao aprovar o Projeto de Lei 5.189/2025. A proposta visa destinar 18% dos ingressos de jogos de futebol a torcedores de baixa renda, uma medida que promete democratizar o acesso aos estádios. Contudo, a decisão ainda não é definitiva, pois o projeto passará por uma segunda votação, cuja data ainda não foi divulgada.

Detalhes da Proposta

Se o projeto receber a aprovação final, os ingressos destinados a essa faixa da população terão um preço máximo de 1,5% do salário mínimo vigente, o que atualmente equivale a R$ 22,77. Essa regra se aplicará a estádios com capacidade igual ou superior a 35 mil torcedores no estado. A iniciativa é de autoria do deputado estadual Alexandre Knoploch (PL), que enfatizou a importância de reestabelecer o acesso popular aos jogos. “Queremos garantir que o povo, que sempre foi a alma dos estádios, volte a ter acesso a preços populares. O Ingresso Social é uma forma de retomar a essência da ‘Geral do Maracanã’, espaço que marcou a memória de gerações e fazia do futebol um verdadeiro espetáculo do povo”, declarou Knoploch.

Impacto nos Clubes Cariocas

Caso a proposta avance, clubes como Flamengo, Fluminense e Botafogo seriam os mais impactados. O Flamengo e o Fluminense, que utilizam o Maracanã, um estádio com capacidade para mais de 70 mil torcedores, teriam que se adaptar à nova realidade. Por outro lado, o Vasco da Gama não seria afetado, uma vez que seu estádio, com capacidade para 22 mil pessoas, não se enquadra nos critérios estabelecidos. O Botafogo, que manda seus jogos no Estádio Nilton Santos, com capacidade para mais de 44 mil, também precisaria se ajustar às novas regras.

Consequências para o Não Cumprimento da Lei

O Projeto de Lei também prevê penalidades para os clubes que não cumprirem a nova regra. A multa estipulada é de 20% do valor arrecadado no evento. Em caso de reincidência, a punição se torna ainda mais severa: o clube poderá ser impedido de utilizar o estádio por até seis meses. Além disso, a proposta determina que a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) receba 1% da arrecadação bruta obtida com a venda dos ingressos.

Com essa iniciativa, a Alerj busca não apenas promover a inclusão social, mas também resgatar a essência do futebol carioca, onde a paixão dos torcedores sempre foi um dos principais motores do espetáculo. A expectativa agora é pela segunda votação, que poderá consolidar essa mudança significativa no acesso aos jogos de futebol no estado.

Fonte: Redação Netfla
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