Adriano Imperador, um dos atacantes mais icônicos da história do futebol brasileiro e eterno ídolo da torcida rubro-negra, fez declarações contundentes sobre sua carreira em uma participação no podcast "Boteco do Chula", apresentado pelo ex-jogador Aloísio Chulapa. Durante a conversa, o ex-atacante não hesitou em afirmar que, em seu auge, jogou em um nível superior ao de grandes estrelas contemporâneas, como Kylian Mbappé, Robert Lewandowski e Gabigol, também ídolo do Flamengo.
Comparações com lendas do futebol
Ao ser convidado a se comparar com outros grandes centroavantes da história, Adriano foi direto. Ele reconheceu que, embora tenha um respeito profundo por nomes como Ronaldo Fenômeno, Romário e Zlatan Ibrahimović, acredita que esses jogadores estão em um patamar acima. A sinceridade de Adriano, que sempre foi uma marca registrada de sua carreira, trouxe à tona uma reflexão sobre o legado que deixou no futebol.
Reflexões sobre a carreira e a Bola de Ouro
Em uma entrevista reveladora ao ex-atacante italiano Luca Toni, para o programa "Fenomeni", da Prime Video, Adriano compartilhou suas reflexões sobre os desafios que enfrentou fora de campo. Ele expressou a convicção de que, se tivesse a mentalidade que possui hoje, teria conquistado a tão cobiçada Bola de Ouro. "Com a cabeça que eu tenho hoje, eu teria ganhado a Bola de Ouro", afirmou, resumindo o sentimento de um talento que, segundo suas próprias palavras, não atingiu todo o seu potencial.
O impacto da perda e a mudança de trajetória
O ano de 2004 marcou um divisor de águas na vida de Adriano. No auge de sua carreira com a Inter de Milão, ele recebeu a devastadora notícia da morte de seu pai, Almir Ribeiro. Essa perda profunda abalou suas estruturas. "Eu não estava bem mentalmente. Depois que meu pai morreu, o futebol escapou por entre meus dedos", confessou. A partir desse momento, as festas e a vida noturna tornaram-se uma forma de fuga, um mecanismo para silenciar a dor. "Eu saía para não pensar, e no dia seguinte estava pior. Não fiz o que fiz porque queria festejar ou me soltar. Fiz porque estava com o coração pesado", desabafou.
Números que falam por si
Apesar dos desafios pessoais, os números de Adriano no futebol são impressionantes. Entre 2000 e 2016, quando encerrou sua carreira no Miami United, ele atuou em 427 jogos e marcou 201 gols. Pelo Flamengo, foi um dos protagonistas do Hexacampeonato em 2009, ao lado de Petković, acumulando 92 partidas e 45 gols com o Manto Sagrado. Esses dados não apenas destacam seu talento, mas também o impacto que ele teve no cenário do futebol brasileiro e mundial.