Alex tem Zico como seu ídolo máximo no futebol. Logo, nada melhor que ter o ex-jogador que foi craque por Flamengo e seleção brasileira no Resenha ESPN de despedida do ex-meia, que a partir de 2021 se dedicará à uma nova carreira.
E no programa, que vai ao ar nesta sexta-feira (25) às 22h (de Brasília) em ESPN Brasil e ESPN App e terá a apresentação de André Plihal e, ainda, a participação dos ex-atletas Djalminha e Fábio Luciano, o eterno Galinho de Quintino relembrou uma passagem marcante de quando treinou o paranaense de Curitiba e atualmente com 43 anos de idade no Fenerbahce, da Turquia.
"A memória mais forte foi na Inglaterra, quando fomos jogar com o Newcastle, pela Liga Europa. Eu o chamei para conversar e explicar sobre a importância dele para o time, a importância perante aos companheiros no sentido da qualidade dele dentro de campo, que todos acreditavam nele. Também para falar que ele não tinha que ser só aquele jogador que fizesse o trabalho dele. Ele tinha que fazer algo mais”, começou a falar Zico, hoje com 67 anos e referindo-se a um duelo pela fase de grupos da competição europeia em sua edição de 2006/2007.
Na sequência, ele revelou qual foi o único pedido que fez a Alex.
“Cheguei logo de cara, sabendo, conhecendo ele do Brasil, do poder de finalização, falando assim: ‘Olha, eu quero que você vá decidir jogos para mim! Você vai ter toda a liberdade para poder decidir os jogos. Os outros vão correr, então não quero que você corra de forma desnecessária, não quero que você fique longe do gol, da grande área, da zona de perigo.’”
“De lá para trás, deixa que a gente resolve. Não posso ter um jogador como você longe de onde vá decidir para mim. É a única coisa que peço para você’. Às vezes, você vai ficar um tempo sem tocar na bola, mas quando tocar, você vai definir o jogo.”
O Fenerbahce perdeu àquela partida por 1 a 0, gol de Sibierski, mas classificou-se para a fase seguinte ao passar em terceiro no grupo H, que ainda tinha Celta-ESP, Palermo-ITA e Eintracht Frankfurt-ALE. O Newcastle e o clube espanhol foram os outros dois que avançaram.
A equipe turca, de Alex, porém, parou no mata-mata que antecedeu as oitavas de final ao cair para o AZ Alkmaar-HOL com dois empates (3 a 3 em casa e 2 a 2 fora), e o Sevilla-ESP, então de Daniel Alves, foi o campeão ao bater o Espanyol-ESP nos pênaltis (3 a 1) após igualdade no tempo normal (1 a 1) e na prorrogação (1 a 1).
Vai pra onde, Alex?
Alexsandro de Souza, o Alex, deixará o Resenha ESPN e consequentemente a ESPN Brasil , pela qual atua desde 2015, para atuar em outra frente a partir de 2021.
O ex-meia iniciará a carreira como técnico de futebol.
Alex defendeu seis clubes durante sua carreira de jogador profissional, que foi de 1995 a 2014: Coritiba , Palmeiras , Parma-ITA, Flamengo, Cruzeiro e Fenerbahce.
E não só ganhou diversos títulos por onde passou como também é ídolo. No Palmeiras, conquistou a Copa do Brasil de 1998, a Copa Mercosul de 1998, a Conmebol Libertadores de 1999 e o Rio-São Paulo de 2000; no Cruzeiro, venceu as edições do Mineiro de 2003 e 2004, o Brasileiro de 2003 e a Copa do Brasil de 2003; no Fenerbahce, foram três Turcos (2004/2005, 2006/2007 e 2010/2011), duas Supercopas da Turquia (2007 e 2009) e uma Copa da Turquia (2012); no Coritiba, foi campeão do Paranaense de 2013.
Na Turquia, além de amado pelos torcedores do Fenerbahce, no qual esteve de 2004 a 2012, é uma espécie de referência nacional para o futebol. Sua imagem está em vários pontos do país, especialmente em Istambul.
Decidiu aposentar-se no clube de formação. Jogou, então, os dois anos finais (2013 e 2014) no Coritiba, e nesta volta conseguiu levantar seu primeiro troféu no clube (listado acima) e também livrá-lo do rebaixamento no Brasileiro de 2014, na penúltima rodada.
Pela seleção brasileira, Alex fez 51 partidas, anotou 12 gols e deu 11 assistências. Participou bastante das eliminatórias para as Copas do Mundo de 2002 e 2006, mas acabou preterido nas convocações para os dois Mundiais por Luiz Felipe Scolari, o Felipão, e Carlos Alberto Parreira, respectivamente.