Zico diz que Flamengo deveria ter estádio de menor capacidade e usar Maracanã 'para grandes situações'

É sabido que o sonho da diretoria do Flamengo é construir um estádio para o time rubro-negro chamar de seu e a opção mais comentada no momento é de um terreno do Gasômetro, no Centro do Rio. A expectativa do torcedor é que a arena tenha pelo menos a mesma capacidade do Maracanã, para comportar os flamenguistas que queiram assistir aos jogos. Mas Zico não concorda com essa opinião.

Em entrevita ao portal "GOAL Brasil", o maior ídolo da História do Flamengo contou que concorda que o clube rubro-negro construa seu próprio estádio, mas com algumas ressalvas. Para o ex-jogador, a arena deveria ter no máximo 35 mil lugares, pois não é garantia que o público presente nas partidas futuras sejam 60 mil como são hoje.

— Eu acho que o Flamengo deveria ter um estádio de menor capacidade. Hoje é um momento assim, diferenciado, que todo jogo está dando 60 mil pessoas, mas daqui a um ano pode não ser assim. Eu acho que o Flamengo deveria ter um estádio seu, de menor capacidade, 30, 35 mil para esse tipo de jogos e aí sim cobrar mais caro em algumas situações para ter menos público e mais renda e, lógico, ter o Maracanã para as grandes situações — destacou Zico.

Apesar de achar que o Flamengo tenha que utilizar o Maracanã em jogos de grande apelo, Zico também acredita que o estádio, com o passar do tempo, acabou excluindo o povão para ter muito mais receita e o clube rubro-negro, com isso, acaba pagando uma conta exagerada.

— Se você sabe que vai ter um jogo que vai explodir, tem que ser no Maracanã. Acho que às vezes o Flamengo está pagando uma conta exagerada, desgaste muito grande porque acaba que o Flamengo não é dono do Maracanã. O Maracanã acabou excluindo o povão para ter muito mais receita e o povão sofre, então eu acho que o Flamengo, se tivesse que fazer um estádio, tinha que ser de menor capacidade — concluiu.

O que se sabe até agora sobre o estádio do Flamengo

O Flamengo voltou a concentrar esforços para construir o seu estádio. O local ainda é a região do Gasômetro, na zona portuário do Rio. O passo mais importante dado pelo clube será a contratação de um executivo que cuidará exclusivamente deste assunto. O nome ainda é mantido em segredo e deve ser apresentado ao Conselho Deliberativo na próxima reunião.

Caberá a esse executivo fazer o meio de campo com o setor financeiro e também com o público, que inclui a Caixa Econômica Federal. O banco administra um fundo imobiliário que é proprietário do terreno, localizado no Porto Maravilha, mas sem um projeto não há o que ser decidido pela Caixa.

A Caixa, porém, tem estudos encaminhados, que começaram a ser realizados em meados do ano passado e uma das primeiras conclusões foi de que a instituição não poderia doar o terreno, considerado valioso. A venda do ativo seria a melhor saída, mas teria um custo elevado para o Flamengo.

Há ainda outras alternativas que poderiam ser estudadas, como alienação do terreno, participação do banco em ganhos com bilheteria, direitos de transmissão de jogos e venda de jogadores. A prefeitura também poderia oferecer à Caixa algum tipo de compensação à cessão do terreno.

Fonte: Extra