A suspensão de Gabigol , atacante do Flamengo , por tentativa de fraude em exame antidoping foi assunto abordado pelo maior jogador da história rubro-negra.

Em entrevista à ESPN , durante evento de lançamento de um livro comemorativo de sua carreira no Rio de Janeiro, Zico lamentou a punição ao camisa 10 do Flamengo e também se prontificou a ajudá-lo.

Dono do CFZ (Centro de Futebol Zico), o Galinho colocou a estrutura do seu próprio clube à disposição de Gabigol . Pelas normas do TJD-AD (Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem), o atacante não poderá sequer treinar no Ninho do Urubu até o julgamento do recurso.

"Se não tiver lugar para treinar, o Centro de Futebol Zico está à disposição a hora que ele quiser. Lá é a casa do futebol, então não tem problema", convidou Zico, que depois abordou o problema mais a fundo.

"A gente fica muito triste. O único lado positivo é que ele não foi punido por ter jogado dopado. (O exame) Pode ter pego o Gabigol em um dia ruim, pode não ter dado muita atenção para isso e gerou um clima muito ruim na época", prosseguiu o ídolo da Gávea.

"É aguardar para ver, deve ter recurso por parte do Flamengo, mas é ruim para qualquer jogador não poder treinar com a equipe. Tem que ter uma força de vontade muito grande para treinar separado e ficar em forma. Como eu gosto dele, acho que é um cara que deu muito e pode continuar dando ao Flamengo, o CFZ se coloca à disposição pára o que for preciso", completou o Galinho.

Entenda o caso

O camisa 10 do Flamengo foi acusado de dificultar a realização do exame antidoping no dia 8 de abril de 2023, no Ninho do Urubu. Um dos relatos da denúncia diz que o jogador demorou para realizar o processo e não cumpriu as instruções dos oficiais.

Os demais jogadores do Rubro-Negro realizaram o exame antes do treinamento das 10h.

De acordo com os responsáveis pela realização do exame, Gabigol não se dirigiu aos profissionais antes do treino e, depois da atividade, ignorou os agentes e foi almoçar, tratando a equipe com desrespeito e não seguindo o procedimento indicado.

Em seguida, pegou o vaso de coleta sem avisar nenhum dos oficiais e se irritou ao ver que foi acompanhado por um dos responsáveis pelo exame até o banheiro. Em seguida, entregou o coletor aberto, contrariando a orientação.

Segundo apurou a ESPN , o atleta entrará com recurso na CAS (Corte Arbitral do Esporte) para tentar reverter o gancho.