Com o fim da gestão de Rodolfo Landim como presidente do Flamengo , Marcos Braz se despediu do cargo de vice-presidente de futebol do clube. Ele, que foi o homem forte do mercado da equipe, sendo responsável pela contratação de vários atletas, e venda de outros tantos, viveu muitas histórias nesse período de seis anos.
Em entrevista a Benjamin Back, Braz destrinchou algumas negociações que liderou. E revelou que sempre priorizou ter uma boa relação com os dirigentes rivais, mesmo em casos de interesses comuns.
"Você vê que nesse anos todos pouquíssimas vezes o Flamengo e o Palmeiras disputaram um jogador. Por causa da minha relação com o Anderson Barros. A gente se conhece desde novo, há muito tempo, tem uma relação de confiança. Muitas vezes usavam o Palmeiras para tirar mais dinheiro do Flamengo. Não é que a gente não fosse atrás dos mesmos jogadores, mas na maioria das vezes eu estava contratando um jogador e me falavam 'o Palmeiras também está contratando'. Eu pegava o telefone, ligava para o Anderson e ele me falava que era mentira. Eu apertava o cara mais, ou pressionava mais", iniciou ele, que detalhou que essa postura foi um pouco diferente com Bruno Henrique, ídolo do Rubro-Negro, que, enquanto negociava uma extensão contratual, também conversou com o Alviverde para uma possível transferência.
"Na renovação dele, eu ligo para o Anderson e pergunto 'e esse negócio do Palmeiras querer'. Ele falou 'quer e eu vou fazer de tudo para trazer'", detalhou, confirmando que o camisa 27 esteve perto de trocar de clube: "Eu não sei se ele estava fechado, mas poderia ter ouvido uma proposta. Às vezes você ouve uma proposta e nem senta para conversar."
Apesar da possibilidade de mudar de ares, Bruno Henrique optou por renovar com o Flamengo no ano passado e segue sendo um jogador importante. Nesta temporada, o atacante atuou em 56 partidas, marcando nove gols e distribuindo cinco assistências.