O vice de futebol do Flamengo, Marcos Braz, afirmou nesta quinta-feira que não se lembra dos detalhes da agressão contra o torcedor Leandro Campos em confusão em um shopping da Barra da Tijuca, na terça-feira. O dirigente convocou entrevista coletiva no Centro de Treinamento do Clube para se defender e dar sua versão sobre o ocorrido. E afirmou que só partiu para a briga pois ouviu de Leandro “Foda-se a sua filha” depois de alertar cinco vezes o torcedor.
— Ele me ameaçou de morte. Falou que se o resultado não viesse a cobrança ia ser muito diferente. E falou no final o que eh disse, em relação à minha filha ( F… a sua filha). Depois que ele falou essa última frase eu me lembro de pouca coisa — afirmou Marcos Braz, que estava com um corte no nariz por causa da briga
— Vocês têm que acreditar de mim. Eu fui ameaçado e ameaçado de morte ao lado da minha. Eu sou preparado para estar no cargo. Para isso, eu não me preparei, talvez eu tenha tido uma atitude diferente. Para ser ameaçado do lado da minha filha e ela sendo ameaçada também verbalmente, in loco, é diferente também — completou.
O dirigente não quis detalhar o que mostram as imagens que viralizaram. Onde ele e amigos batem no torcedor do Flamengo sido no chão. Braz também não comentou a mordida dada na virilha do torcedor.
— Eu sou vítima. Não tenho vergonha de ser vítima. Vocês tem que acreditar em mim. Em várias situações dou xingado, pressionado, e não mando banana pra torcedor. Nunca tive um problema mais sério. Quem em sã consciência vai estar com a filha e duas meninas e querer arrumar problema? — disse.
Braz, que vetou perguntas sobre o momento do futebol rubro-negro, disse que o episódio não vai respingar em sua continuidade no cargo no Flamengo.
— Relatei para o presidente, que é meu chefe, o ocorrido. Pois falaram que eu fui pra cima do torcedor com vários seguranças. Eu não ando com segurança. Quem determina a minha continuação no Flamengo é o presidente Landim. Ao que me consta estaremos juntos em 2024 — garantiu Braz.
No fim, Marcos Braz pediu desculpas à torcida do Flamengo e aos diretores do clube pelo ocorrido. Ele também comenta que não se preparou o suficiente para ser ameaçado por torcedores na frente de sua filha, que completou 15 anos recentemente.
— Peço desculpas pelo transtorno que causei. Peço desculpas a pares da diretoria e à torcida do Flamengo. Peço desculpas por não ter me preparado para ser ameaçado por torcida na frente da minha filha. Tenho três jornalistas que me batem bem porque eu estou acostumado. Não posso ter situação sistêmica ao lado da minha filha — finalizou Marcos Braz.
Presença na câmara
Outro assunto abordado por Braz na coletiva foi sua falta na câmara dos Vereadores. Antes da confusão, Marcos Braz marcou presença virtual na Câmara de Vereadores do Rio, mas o vereador do PL não participou da votação que ocorreu na sessão. Braz justificou dizendo que marca a presença virtual para ficar por dentro dos assuntos, mas só é validada se colocar a digital na câmara.
— Terças e quintas, de 13h30 às 16h, você dá presença virtual para entrar no sistema. Eu posso falar, eu posso ouvir. Eu tenho conhecimento das pautas. Quando chega 16h, se você não botar o dedo dentro da câmera, você toma falta e é descontado do salário. Fizeram a matéria e esqueceram de dar detalhes. Eu tomei a falta, eu não fiz nenhuma ilegalidade. Eu vou ser descontado — disse.