Venda do Maracanã: Flamengo pode comprar, mas regras de preservação permanecem

O debate sobre a proposta de venda do Maracanã reacendeu discussões sobre o futuro do estádio, considerado o principal do Brasil. O Flamengo é apontado como um dos potenciais compradores, mas a operação não resultaria em novas liberdades para o clube em relação ao modelo atual de concessão.

Limitações e Regulamentações

O Maracanã é tombado em nível federal pelo Iphan desde 2000 e protegido por decreto municipal desde 2002. Mesmo com a venda, o novo proprietário teria que seguir as mesmas regras de preservação e limitações impostas pelo tombamento. O Iphan afirma que "a preservação e a manutenção do bem tombado continuam sendo responsabilidade de seu proprietário, independentemente de quem o detenha". Isso significa que qualquer intervenção no estádio requer aprovação prévia do órgão.

As limitações impostas pelo tombamento também impedem mudanças estruturais relevantes sem autorização. O Flamengo e o Fluminense foram notificados após intervenções não autorizadas no Célio de Barros, um espaço adjacente ao Maracanã. Assim, a compra do estádio não garantiria a autonomia desejada pelo Flamengo devido às regras de preservação.

O Projeto do Gasômetro

O projeto de um novo estádio no Gasômetro é considerado mais vantajoso. Com um investimento estimado em R$ 2,2 bilhões, a nova arena terá capacidade prevista para 72 mil lugares e a entrega mínima está programada para 2036. Este projeto oferece liberdade total de construção e gestão, algo que a compra do Maracanã não proporcionaria.

Considerações Finais

As propostas de modificações no Maracanã exigem parecer técnico e aprovação da Prefeitura e do Iphan. Alexandre Knoploch, do PL, destacou que "os outros clubes possam usar o estádio mediante pagamento de locação". Portanto, a venda do Maracanã, embora vista como uma solução financeira, apresenta desafios significativos que limitam a autonomia do Flamengo e de outros clubes no uso do estádio.

Com a avaliação do Maracanã em cerca de R$ 2 bilhões, a discussão sobre sua venda e a comparação com o projeto do Gasômetro são essenciais para entender as implicações para o futuro do Flamengo e do futebol brasileiro.