A volta de Pedro ao time titular do Flamengo parece ter dado a solução ofensiva definitiva ao time. A goleada por 4 a 0 sobre o Corinthians, pela sexta rodada do Brasileirão, foi conduzida pelo camisa 9, autor de dois gols e uma assistência no Maracanã. Agora, Filipe Luís tem uma última lacuna a preencher em seu time considerado ideal, por mais que um elenco da qualidade e variedade do rubro-negro não permita se prender a apenas 11 nomes.
No domingo, a linha de defesa com Rossi, Wesley, Léo Ortiz e Léo Pereira só esteve desfalcada do lesionado Alex Sandro, mas Ayrton Lucas teve mais uma boa apresentação. O meio campo com Erick Pulgar, De La Cruz, Arrascaeta e Gerson, ainda atuando como um "meia-ponta-direita", teve comportamento impecável. Então, ao lado de Pedro, quem assumiu a última vaga e ganhou pontos foi Everton Cebolinha.
Esta corrida, porém, é repleta de altos e baixos e conta com quatro outros participantes: Bruno Henrique, Luiz Araújo, Gonzalo Plata e Michael.
Cinco concorrentes
Último companheiro de Pedro, Cebolinha passa longe de estar nas graças da torcida. O ponta-esquerda ainda se recondiciona fisicamente após romper o tendão de Aquiles do tornozelo esquerdo no ano passado. E a declaração de que pretende retornar ao Grêmio, dada há duas semanas, aliada a jogos ruins, também pegou mal.
Entretanto, no fim de semana, voltou a balançar as redes após mais de dois meses. O gol marcado aos quatro minutos de jogo contra o Corinthians destravou uma atuação de gala do Flamengo. Ele tem a seu favor o fato de ter formado uma boa dupla com o próprio centroavante no primeiro semestre de 2024.
— Ele tem essa relação sócioafetiva com o Pedro e o Arrascaeta, e se entendem muito bem. Muitas vezes, o Pedro gosta de fazer um jogo associativo, e ele é o cara que dá profundidade — analisou Filipe Luís na coletiva.
Pelo lado esquerdo, concorre com Bruno Henrique. Aos 34 anos, o camisa 27 completou 300 jogos com a camisa rubro-negra e se mantém decisivo, como na Supercopa do Brasil, contra o Botafogo. O que pesa contra é a queda física natural e o fato de não se encaixar tão bem como ponta aberto, mas sim segundo atacante.
Bruno também tem futuro indefinido após ser indiciado pela Polícia Federal por supostamente beneficiar apostadores em 2023. Ele não será afastado se não for suspenso pelo STJD, mas vem de atuações abaixo da crítica desde que o caso voltou à tona.
O outro nome bem quisto para ser titular em algum momento é Luiz Araújo. O ponta-direita começou esta temporada com ritmo forte, sendo um dos líderes do time em aparições em jogos (19), junto de Pulgar. Dono de quatro gols e três assistências, foi uma das boas substituições de Filipe contra o Corinthians, ao ajudar o ataque a manter a imposição.
Seu problema é justamente ser sempre taxado como jogador de segundo tempo, além de não apresentar o mesmo ímpeto quando inicia partidas. Para que ele comece, Gerson também precisaria ser recuado ou deslocado.
Plata é outro que passa por esse problema, por ocupar a mesma faixa de campo do Coringa, mas tem um leque de atuação maior. Seu diferencial é poder atuar mais pelo meio, às vezes como falso nove ou até na criação. Contra a LDU, pela Libertadores, o equatoriano só não foi titular por causa de um leve edema ósseo no joelho direito. Assim como Bruno Henrique, tem a maior capacidade de formar uma dupla autêntica ao lado de Pedro, pisando na área.
A quinta opção para a montagem do ataque é Michael. Apesar de ser um jogador que se destaca pela velocidade e capacidade de drible curto pela esquerda, deixa a desejar na tomada de decisão desde sua primeira passagem no Flamengo. Sua última partida foi diante do Vasco, quando terminou criticado.