A escolha do Vasco para fazer o jogo de ida da semifinal do Campeonato Carioca no Estádio Nilton Santos gerou incômodo nos jogadores do Flamengo . Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, após o treino no Ninho do Urubu, Varela lembrou o movimento dos jogadores em prol do gramado natural. Na semana passada, Neymar foi o líder do movimento com publicação nas redes sociais, e Philippe Coutinho, jogador do rival, foi um dos atletas a aderir.
— Chama um pouco atenção porque semana passada todo mundo se juntou para jogar em campo natural. Vamos ter que ir no Nilton Santos, jogar de igual para igual e definir no Maracanã. Aquele campo muda tudo, a velocidade da bola, os toques... Nem o Flamengo nem o Vasco vão estar à vontade. O Vasco não joga ali, se fosse o Botafogo, talvez (teria vantagem). Não sei por que decidiram jogar ali, para eles era melhor no Maracanã. Mas a decisão já foi tomada e agora temos de a enfrentar.
Varela tem o contrato para encerrar no fim desta temporada e é um dos jogadores que estão no radar para a renovação. A prioridade de momento é Pulgar, mas o lateral já revelou ter tido uma conversa inicial com o diretor de futebol José Boto, que sinalizou ao próprio jogador o interesse em sua permanência.
— Eu troquei algumas palavras com o Boto. Ele falou que a intenção é renovar. Estou muito feliz e quero ficar. Mas ainda tenho um ano de contrato. Muitos jogos, muito compromisso com essa camisa. Temos um tempo para trabalhar e decidir o que é melhor.
Pumita Rodríguez e Varela disputam bola em Flamengo x Vasco — Foto: André Durão
Veja outras repostas da coletiva:
— Não é bom falar de mim. Melhor que os outros falem. Agradeci ao Filipe (Luís) por tudo o que falou e por me colocar em campo. Agradeço a meus companheiros pela confiança.
— É uma posição em que eu jogo, mas é outro perfil. Eu tive a confiança do treinador e dos meus companheiros.
— Quando eu cheguei, foi um pouco difícil a adaptação ao Flamengo . Quando você está lá fora imagina a grandeza que esse time tem. Mas quando chega, você realmente vive o que é o Flamengo . Então foi difícil para mim no primeiro ano. Depois, quando chegou o Sampaoli, eu quase não joguei. Minha cabeça estava pensando em sair... Todo mundo gosta de jogar, mas quando chegou o Tite ele me colocou para jogar, e a situação mudou. Aí o Filipe chegou com a ideia dele. A gente sempre respeita todo mundo e o Wesley começou a voar (risos). Aí eu tive que ficar no banco esperando a oportunidade. Esperando ajudar a equipe do meu jeito, da minha forma.
— Penso que a equipe se adaptou muito bem. O Filipe já nos conhece há muito tempo. Por isso se nota em campo. Todo mundo jogando perto, se divertindo. É isso que o Filipe quer.
— A equipe trabalha muito bem nos treinos e coloca os jogadores nos espaços. Assim, todos sabem onde têm que estar quando a bola chega e quando têm que apoiar o colega. Por isso, com certeza, se havia um jogador ali, era para criar espaço, para pegar na bola e passá-la. Por isso, o trabalho que ele está fazendo está dando bons resultados. Estamos tirando o máximo partido disso.
— Sim. Ele (Filipe Luís) também me dá um pouco mais de liberdade para atacar. Estou aproveitando isso. Com o Tite eu defendia muito mais e quem tinha liberdade era o Ayrton ou o Alex Sandro. Mas, com o Filipe, ele quer que os dois laterais vão para cima, e é isso que eu tento fazer.
— Jogar contra o Vasco é um clássico forte, não só para nós, mas para os torcedores também. Por isso temos que dar a importância que esse jogo tem. O Vasco não ganha há muito tempo, mas isso se deve ao bom trabalho que o Flamengo sempre faz. Então, a seriedade desse time é sempre vencer, e no sábado vamos em busca disso, de mais uma vitória.
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