Uruguaio de Montevidéu, Diego Nicolás de la Cruz Arcosa adotou o "De la Cruz" como seu nome no futebol desde o Liverpool-URU, onde se profissionalizou em 2015. O som é fechado, mas o "carioquês" de Pedro gerou uma adaptação. Em um treinamento, o camisa 9 do Flamengo chamou o gringo de "Déla", e o apelido pegou entre os brasileiros, que só se referem a ele dessa forma desde então.
Assim como era conhecido na Argentina, De la Cruz é chamado de Nico por Tite e seus auxiliares. Além do apelido que aproxima, o treinador tem como missão encaixar o meia flutuador em seu time. Ele gosta de jogadores que têm essa capacidade se deslocar da ponta para o meio e, na última coletiva, citou Jadson no Corinthians de 2015 como um exemplo de que essa adaptação não é imediata.
- A equipe está ajustada com externos. Desde o ano passado a gente ajustou, e ela está coordenada. Precisa de tempo para coordenar com o flutuador, com o articulador. Ou vocês acham que em outras equipes em que eu tinha articulador do lado direito, fiz assim (estalo) e começou a jogar na hora? Vocês acham que fiz com o Jadson assim (estalo) para que fosse o melhor jogador do campeonato de 2015? Precisa de tempo - disse Tite.
Determinado a se destacar no Flamengo , De la Cruz tem o hábito de chegar bem cedo no Ninho do Urubu. É um dos primeiros do grupo a aparecerem no CT e um dos últimos a deixarem o local. Batedor de faltas nos tempos de River Plate, treina o fundamento com frequência em sua rotina rubro-negra, mas sem extrapolar a carga estipulada pela comissão técnica.
Vinã, Arrascaeta, De la Cruz, Flamengo, Orlando — Foto: @Marcelinho.fotografia
Nico também para os outros cinco estrangeiros do elenco, De la Cruz não desgruda de Arrascaeta, mas também é visto frequentemente ao lado dos também uruguaios Varela e Viña e de Pulgar (chileno) e Rossi (argentino).
Imagem normal entre uruguaios, De la Cruz é mais um do time de apaixonados pelo mate. Está sempre com sua garrafinha e o chimarrão a tiracolo nos deslocamentos do Flamengo .
Se Thiago Neves errou feio ao afirmar em entrevista que Arrascaeta se tratava de uma pessoa tímida, com De la Cruz cabe tal caracterização. É visto como um atleta bastante reservado no dia a dia do Ninho do Urubu.
Os uruguaios do Flamengo: Varela, Viña, De la Cruz e Arrascaeta — Foto: Divulgação / Flamengo
Apesar da timidez e de andar a maior parte do tempo com os estrangeiros, De la Cruz distribuiu sorrisos em sua primeira ida à Sapucaí ao ser clicado lado dos companheiros Gerson, Léo Pereira, Wesley e Arrascaeta.
Gerson, Wesley, De La Cruz e Arrascaeta — Foto: Caio Veríssimo
De La Cruz e Léo Pereira na Sapucaí — Foto: Caio Veríssimo
No relacionamento com a torcida do Flamengo , De la Cruz tem se mostrado muito disponível. Nos Estados Unidos, foi clicado algumas vezes distribuindo autógrafos nas atividades abertas ao público.
Na semana passada, mesmo incomodado após machucar o ombro direito em queda durante a vitória por 1 a 0 do Flamengo sobre o Botafogo, fez questão de atender torcedores no estacionamento do Maracanã.
"Déla", Nico ou simplesmente De la Cruz, o uruguaio de 26 anos tem iniciado o processo de adaptação com muito apoio de companheiros, comissão e da torcida. O primeiro gol ainda não saiu nesses seis jogos de Flamengo , mas o estilo dinâmico, os passes verticais e os chutes de fora da área já aparecem com frequência.
De la Cruz recebe carinho de torcedores do Flamengo nos Estados Unidos — Foto: Divulgação / Flamengo
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