Após uma longa sexta-feira, Flamengo e Léo Ortiz conseguiram dar fim à negociação mais longa dessa janela de transferências. O jogador será liberado pelo Bragantino e não participará dos jogos com o Botafogo, pela pré-Libertadores. O contrato de cinco anos - até dezembro de 2028 - com o clube carioca será assinado no início da próxima semana.
O Flamengo pagará 8 milhões de euros, € 7 milhões serão quitados em dois anos, com quatro parcelas semestrais, e mais € 1 milhão em variáveis. É importante destacar que o bônus de € 1 milhão não está relacionado a metas individuais, mas sim condicionado a títulos, que representam a geração de novas receitas.
Uma reunião na noite desta sexta-feira solucionou a pendência final para a negociação. Marcos Braz, Bruno Spindel e Paulo Pitombeira, empresário de Léo Ortiz, convenceram Diego Cerri, CEO do Bragantino, e Oliver Mintzlaff, diretor geral da Red Bull, na Alemanha, de que não faria sentido expor o jogador aos riscos de uma partida oficial após a transação já estar concluída.
O trio, por sinal, está em força-tarefa desde o início da semana em São Paulo para concluir a negociação. Foi Pitombeira quem assumiu as rédeas no período em Braz e Spindel estavam na Europa pela negociação de Vina no início de fevereiro. O contato entre o trio neste período foi diário.
O empresário serviu de intermediador da posição de Léo Ortiz de que tinha decidido se transferir para o Flamengo após o zagueiro sair do front por conta do retorno dos treinamentos. O jogador ainda em dezembro já tinha se posicionado a favor do acerto e era um pedido pessoal de Tite, que chegou a convoca-lo para a Seleção.
Os presentes nas reuniões da sexta-feira são unânimes em afirmar que o vice de futebol rubro-negro, Marcos Braz, teve papel central na liberação imediata de Léo Ortiz. Em um primeiro momento, Flamengo e Bragantino tinham entrado em consenso para a participação nos jogos contra o Botafogo pela pré-Libertadores, mas o dirigente colocou na mesa para o zagueiro e os dirigentes do clube paulista os riscos que acompanhariam esta decisão.
Munido de um histórico de jogadores que tiveram transações desfeitas por conta de lesões graves e reforçando o fato de a negociação já estar concluída, Braz primeiro deixou claro para Ortiz que uma lesão tornaria o acordo inválido e que exames médicos seriam realizados somente após os jogos. A postura se repetiu no encontro com Diego Cerri, CEO da Red Bull no Brasil, e representantes da matriz por vídeo-conferência.
À distância em um primeiro momento para conduzir tratativas como as que envolviam De la Cruz e Matias Viña, Braz teve papel mais incisivo nas últimas duas semanas para avançar no acordo. Até então, era Bruno Spindel quem tinha linha direta mais estreita com Paulo Pitombeira, e o vice de futebol foi incisivo na postura de aguardar a proximidade do fim da janela para que os valores praticados fossem mais próximos dos desejados pelo Flamengo .
No Bragantino desde 2019, o zagueiro se tornou uma das figuras principais do clube, com 198 partidas e 14 gols marcados. Ele fez toda a sua base no Internacional de Porto Alegre e também vestiu as camisas de Sport e Red Bull Brasil.
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