Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (22), o torcedor Leandro Campos , que se envolveu em briga com o vice-presidente do Flamengo , Marcos Braz , em um shopping no Rio de Janeiro, na última terça-feira (19), garantiu que não fez ameaças de morte ao dirigente rubro-negro.

Na última quinta (21), em coletiva no Ninho do Urubu, Braz justificou que partiu para cima de Campos depois que o membro da torcida supostamente fez ameaças de morte a ele e também ofendeu sua filha , com quem o cartola fazia compras no Barra Shopping na tarde de terça.

De acordo com Campos, a única coisa que ele gritou para o vice-presidente flamenguista foi para que ele deixasse o clube, sem fazer qualquer ameaça de violência.

O torcedor também assegurou que em nenhum momento viu a filha de Braz presente na cena.

"Eu o vi dentro da loja, peguei e falei: 'Marcos Braz, sai do Flamengo'. Virei as costas e saí andando em diagonal no shopping . Em nenhum momento eu ameacei ele ou a filha dele. Quando percebi que ele estava vindo atrás de mim", afirmou.

"(Percebi) Foi porque a lojista gritou. Eu virei, ele estava vindo com o punho cerrado. Virei de frente pra ele, dei passos para trás, ele desequilibrou e caiu. Puxou minhas pernas, foi quando eu caí também. Ele caiu sobre a minha virilha, me mordeu, enquanto veio um amigo dele, do meu lado, e começou a efetuar chutes na minha cabeça", seguiu.

"Nesse momento os seguranças do shopping o tiraram de cima de mim, a própria moça da loja também tirou ele de cima de mim. Em nenhum momento eu o agredi", salientou.

"Não (vi a filha de Marcos Braz). Em nenhum momento. Em nenhum momento ela estava na loja", complementou.

Sobre o machucado no nariz de Braz, que ficou evidente durante a entrevista do dirigente na última quinta, Campos disse não saber explicar.

"Em nenhum momento eu o agredi, até porque não tinha como. O amigo dele estava me chutando. Em nenhum momento eu desferi soco nele, chute... Nada! Isso até as testemunhas mesmo disseram", ressaltou.

Questionado se estaria perseguindo o vice rubro-negro ou planejando alguma ação premeditada, Campos negou e também disse não fazer parte de qualquer organizada do clube.

"Eu trabalho ali, trabalho no iFood , de bicicleta. Trabalho pela redondeza. Estava no shopping , passei ali e vi ele. Estou todo dia ali. Insatisfeito com o momento do clube, eu disse essas palavras pra ele", explicou.

Por fim, o torcedor observou que o episódio só lhe trouxe problemas e inclusive está impedindo que ele consiga trabalhar.

"Não me arrependo, porque não fiz nada de mais. O agredido fui eu, no caso. Só que isso está gerando muito problema na minha vida. Não estou indo trabalhar, né?", contou.

"Não dá. Estou até com receio de sair na rua para falar a verdade. Sou vítima, em nenhum momento agredi ele verbal ou fisicamente", finalizou.

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