Tite não tirou Pulgar só por gripe e testa Flamengo com Matheuzinho de volante

A saída de Pulgar no intervalo do jogo contra o Grêmio evidenciou a importância do volante no equilíbrio defensivo do Flamengo. A saída no intervalo, atribuída a uma gripe, na verdade se deveu ao temor de Tite em perder o jogador, que estava pendurado com cartão amarelo.

Pulgar é hoje o único capaz de desempenhar um papel híbrido, defensivo e ofensivo, que combate atrás e chega na frente com qualidade, além de auxiliar na saída de bola e na bola parada. Assim como Sampaoli, que quase abriu mão do volante, Tite notou a urgência em ter mais opções no setor.

Se Allan foi contratado, mas passou por cirurgia na coluna e só volta no fim do ano, a solução tem sido improvisar. Além de Victor Hugo e Gerson, que costumam atuar mais adiantados, Matheuzinho tem sido testado por Tite na função de primeiro volante. Sampaoli também viu o lateral com versatilidade.

Um outro movimento feito por Tite é colocar Thiago Maia como zagueiro, diante da escassez de nomes com fôlego para a saída de bola de qualidade. Pulgar já havia treinado na função com o técnico anterior. E Tite indicou que quer do chileno esse papel de atuar na primeira linha para ajudar na saída.

Todo esse drama na posição faz parte de um contexto de um elenco que depende dos meias Everton Ribeiro e Arrascaeta para criar. Sem capacidade física, a dupla só faz isso a partir do terço final do campo, e tem poder de recomposição abaixo da média. Logo, sobrecarregam os volantes.

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Fonte: Extra