Nesta segunda-feira, Tite foi apresentado oficialmente como técnico do Flamengo. Mas o treinador já comandou cinco treinos com o elenco na pausa para a Data Fifa antes de assumir seu primeiro compromisso, contra o Cruzeiro, na quinta-feira às 19h, no Mineirão. Ele falou sobre a relação com Gabigol, as opções para o ataque do Flamengo, e os motivos que o fizeram voltar atrás na promessa de não treinar mais nenhum clube brasileiro neste ano. Veja alguns destaques.
Primeiras palavras
"Por mais programação que se tenha daquilo que fazer, as informações captam. Uma das que me captam mais me captaram foi quando joguei contra o Flamengo. Tinha Adílio, Andrade, Tita e Lico, ainda bem que não peguei Zico. Essa composição, eu na Portuguesa, o quanto eu corri atrás e passei de sufoco nessa histórias. Falo disso para mostrar a a história, a grandeza, o quanto eu sei da alegria que o torcedor tem de ver sua equipe, do quanto eu vou estar empenhado para participar dessa alegria, da grandeza do clube e do orgulho. É um orgulho, um desafio e uma responsabilidade muito grande."
Decisão de aceitar o cargo em 2023
"Eu prefiro colocar como um ajuste de datas. O objetivo do Flamengo é de 2024, e essa foi a premissa da conversa. O projeto pesou mais forte, esse ajuste de datas também traz benefícios, e risco, porque o objetivo é a classificação direta à Libertadores. Esse é o objetivo real, a perspectiva de título é sonho. E nós temos realidade em relação a isso. Tem um risco porque são nove equipes que estão muito próximas, num campeonato extremamente disputado. Para um projeto de 2024, conhecer todos os atletas, estar trabalhando agora é importante."
Opções para o ataque
Conversei com Gabi e Pedro e falei da possibilidade de utilização dos dois. O conjunto da obra com o Bruno começa a ter uma variável maior. Ou com outro atacante, o Cebolinha, o Luiz, jogadores mais verticais. Naquilo que uma estrutura de equipe possa balançar. Jogar bem é na fase ofensiva e na defensiva, nas bolas paradas. Quando alguma dessas não funcionar bem, você está mais longe da vitória.
Relação com Gabigol
"Eu conversei com ele, sim. Interessante que na conversa em casa com minha filha, ela falou "a gente sempre viu as situações externas, de espetáculo, agora vai ver atrás do pano, o bastidor". Conversamos, sim. Coloquei a eles que eles concorreram a ir à Copa. Para ser papo reto, não concorreram nas mesmas características. Um disputava como pivô, outro com jogadores de movimentação. Inclusive por isso eles podem atuar juntos, no ponto de equilíbrio que a equipe possa ter. Tranquilo em relação a isso."
Projeto do Flamengo
A estabilidade na qualidade, a torcida e o quanto ela incentiva e te mobiliza. Uma estrutura como a do Ninho, o grupo que estabelece, que joga às claras, limpo, as situações que são benéficas ou prejudiciais, as pressões Esse conjunto da obra, um desafio profissional, um estado que eu nunca trabalhei. Estou olhando, muitas pessoas, algumas que tive contato e outras que não. É diferente, um estado novo, é desafiador nesse aspecto. Um conjunto muito grande.
Expectativa para a estreia
Todas as atenções estão voltadas para a preparação. Antes eu coloquei em termos diretivos, agora eu amplio, para Fabinho, Juan, departamentos médico e fisiológico, que têm passado informações importantes. Conversei com Mário Jorge, agradeci muito a ele nesse momento de transição. Ele com o peso do sub-20 e com a competência de poder participar dessa situação. São trabalhos vislumbrando o jogo. Nesses 12 próximos jogos, se eu começar a trazer os "por quês", vou perder meu foco. Meu foco é num grande desempenho na quinta e formatar essa equipe para que ela possa ter um bom desempenho e resultado.