Na tarde desta segunda-feira, após o penúltimo treino da pré-temporada do Flamengo nos Estados Unidos, Tite fez um balanço do período em entrevista para a FlaTV, canal oficial do clube no YouTube. Além de falar das questões de campo, destacou o quanto recebeu carinho em Orlando.
- É, no último jogo, o carinho do torcedor é uma coisa importante, a gente fala do comparativo. O torcedor de clube, eu vou falar do Flamengo , mas também eu amplio... O torcedor de clube, ele é extremamente apaixonado. É diferente a relação à Seleção. A Seleção é nos momentos mais importantes, nos clássicos mais importantes. O flamenguista é o tempo todo, a hora toda, o momento todo esse carinho. No último jogo também a gente teve a possibilidade de retribuir também - disse à FLA TV.
- A energia é muito grande para tal e uma responsabilidade desse tamanho (aponta para o céu). De saber a importância de quantos torcedores se fazem felizes quando o Flamengo vai bem nos gratifica. Mas também uma consciência de que o nosso trabalho deva ser desenvolvido com qualidade, com transparência e com o cuidado dos atletas, mostrando o lado bom e o lado ruim que deva ser corrigido, sem omitir uma coisa ou outra. Essa linha a gente procura traçar.
Vantagens de ter ido para Orlando para todos
- É um conjunto todo. É o conjunto das partes técnico e tática, é o conjunto da parte organizacional, das relações humanas, do staff, e de todos nós estarmos trabalhando juntos. Vocês são testemunhas disso. De ter um contato mais direto com o público, com uma internacionalização maior da marca, com os torcedores estando próximos da gente. De a imprensa poder acompanhar os trabalhos, para não ser só na oratória, mas estar na situação visual e do feeling, das percepções de cada um de como é que o trabalho é desenvolvido. Então tem uma série de aspectos que são importantes.
Lados bons e ruins de ter ido para o Estados Unidos
- Sim, teve, e naquilo que é a responsabilidade minha, dá para conciliar as duas coisas. Mas na vida você não ganha tudo. Na medida em que tenhamos uma outra equipe, e eu estou falando da parte técnica em relação ao Campeonato Carioca.
- Na medida que a gente deixa de dar oportunidade para garotos jovens estarem surgindo e estarem participando. Ou no caso do Matheus, do Pablo, do Thiago, do Matheuzinho estarem participando juntamente com os jovens, participar sem um poderio técnico maior do Campeonato Carioca te tira daqui a pouco uma possibilidade de ter vencido teoricamente os jogos. Em contrapartida, aqui ela nos dá a oportunidade de fazer todo um trabalho físico intenso das relações de trabalhos táticos, do desenvolvimento contra equipes de nível técnico
- São duas equipes que estiveram na semifinal da conferência da MLS. Inclusive o Orlando, ele foi perdeu para o campeão na prorrogação tendo um jogador a menos. Nós num período de preparação, ainda sem uma melhor condição, utilizando 20 atletas durante os dois jogos, a pré-temporada te traz um componente de benefício e ao mesmo tempo ele te dá responsabilidade de vencer, de classificar, de estar bem numa melhor colocação possível no Campeonato Carioca. Não só de classificar, mas classificar em vantagem. Mas, totalmente em cima de infraestrutura, de qualidade de trabalho, das relações inclusive próximas, eles atenderam a isso.
Elogios a De la Cruz
Nas relações humanas ele é muito tranquilo, e eu tenho cuidado por vezes de quando falar, falar de uma forma mais pausada para que eles compreendam o que estou falando. Então, conversando com ele, eu conversando com Varela, o próprio Erick, que eu falava mais devagar. Mas como ele fala assim: "mais despacito" que ele conseguiria compreender mais a linguagem e a orientação. É uma atenção e um cuidado que a gente tem que ter para direcionar.
- E a outra é a qualidade técnica individual. Ele é um jogador que pode jogar como um jogador de articulação, tanto central como do lado para dentro. Por vezes, na seleção do Uruguai, ele joga como um meia mais avançado para a função do Arrascaeta. Mas tem, sim, nessa tripla função, segundo meio-campista externo, com a liberdade de jogar, ou um meia mais avançado, ele tem essa versatilidade. Ele tem a qualidade técnica individual, porque ele tem uma mobilidade muito grande, e ele te faz essa transição muito grande.
- Às vezes você precisa de um jogador mais agudo e vai ter o Luiz. Às vezes você precisa de um jogador de articulação maior, tem ele, ou que possa jogar para dentro. Por um ano todo, uma grande sequência de jogos necessita de jogadores de qualidade e com versatilidade também.
Assista: tudo sobre o Flamengo no ge, na Globo e no sportv