Questionado sobre como mantém o padrão tático e técnico do time diante de convocações, lesões e suspensões, Tite apontou o calendário apertado como um dos principais obstáculos. Ele sugeriu que uma das soluções poderia ser a redução dos campeonatos estaduais, permitindo um melhor planejamento e menos desgaste para os jogadores ao longo da temporada.
- E dou uma sugestão: diminuam os regionais, gente. Jogamos o regional de domingo a domingo. A média de cinco dias de folga. Reduz, dá tempo maior para o campeonato (nacional). Diminuam os regionais e dá uma margem de tempo maior para o Brasileiro. Dá para ouvir.
Após conquistar 3 pontos sofridos diante do Vitória, o técnico Tite respondeu outras perguntas dos jornalistas na coletiva de imprensa, confira:
Calendário e tempo curto entre os jogos
- Além do calendário há o tempo, para que tenha tempo de padronização tática. Você sai de um 4-4-2 de marcação para um volante meio-campista e para uma estruturação de um meia de articulação, com dois do lado e dois externos que baixam. E começa a estabelecer isso quando tem tempo. Só consegue isso quando tem tempo. Quando não tem tempo, vira fórmula mágica.
Matheus Bachi completa:
- Tempo para trabalhar entre os jogos para gerar o padrão dos que vão começar e dos que vão entrar. É importante para valorizar todas as competições. Como é que vai valorizar o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e o Brasileiro com 13 jogos que temos agora. Vamos dar o máximo em todos, não tem como dar o máximo sempre. Tem que ter uma reorganização no futuro para a saúde do atleta. A imprensa, os jogadores e os treinadores vão ficar mais felizes. E os campos precisam melhorar.
Tite completa pedindo diminuição dos estaduais
- E dou uma sugestão: diminuam os regionais, gente. Nós jogamos o regional de domingo a domingo. A média de cinco dias de folga. Reduz, dá tempo maior para o campeonato (nacional). Diminuam os regionais e dá uma margem de tempo maior para o Brasileiro. Entre outras opções que vocês colocam como sugestão, dá para ouvir.
Matheus Bachi completa:
- Ou reorganiza. Aumenta o Brasileiro e faz simultâneo. Alguma sugestão eles têm que dar, e a gente precisa ser ouvido.
Estratégia para pegar o Vitória deu certo?
- Primeiro tempo sim, consistente, equilibrou e foi melhor até os 15 minutos do segundo. Retomamos, estávamos na iminência de fazer o segundo, tomamos o gol, mas tivemos a força pela qualidade técnica dos atletas e também pela mexida e pela reorganização. Um resultado, ao meu ver, justo pelo desempenho. O placar e o desempenho estiveram juntos ao meu ver.
Preocupam as atuações abaixo dos últimos jogos? Pretende poupar o time no domingo de olho na partida com o Palmeiras?
- Entendo a pergunta do poupar e vou dizer para o torcedor flamenguista: ninguém poupa. Nós não poupamos. O segundo ponto é que uma retomada nossa de jogos extremamente difíceis e vim aqui ganhar o Vitória. Fizemos um primeiro tempo com autoridade, no segundo equilibrou, e aí houve uma retomada para ter um padrão. Ela retoma uma padrão. Ela é passo a passo.
Como foi enfrentar o Vitória no Barradão?
- Tenho 63 anos e é a primeira vez que ganho do Vitória aqui, eu acho. Não lembro de ter vencido aqui com Corinthians, Internacional, Grêmio, Palmeiras, Atlético-MG e São Caetano. A energia aqui pulsa, o Barradão pulsa. O torcedor passa uma força muito grande que nós sentimos quando jogamos em casa.
A contratação do auxiliar Vinícius Bergantin, ex-Ferroviária, é para melhorar a defesa do Flamengo, que sofreu 10 gols nos últimos sete jogos?
- Equilíbrio é fundamental de uma equipe. A equipe é boa porque ela faz gols, não pode abrir mão de ser agressiva, e o DNA do Flamengo é assim. Tem que ser eficiente na bola parada e sólida. O saldo de gols mostra isso. O Vinícius é um grande profissional, vem fazendo um grande trabalho, já o conhecíamos de forma anterior. O processo do Flamengo exige uma constante evolução. Mais um profissional que vai trazer, acrescentar e agregar qualidade.
Abraço em Carlinhos e a importância do gol para o atleta
- Eu entendo de vocês individualizarem uma situação, eu entendo que jornalisticamente vocês têm que fazer isso, mas é a equipe toda. Ela se predispõe a uma retomada de posse de bola numa reestruturação em que o Arrasca vem como segundo homem de meio e Gerson vem como primeiro meio-campista. Onde tem Gabi e Carlinhos e Matheus de um lado com Luiz do outro. Olha quanto o grupo é importante para ser determinante numa vitória. O momento da alegria de um é o momento da alegria de todos. O primeiro que abracei foi o Evertton, que não entrou no jogo. A equipe tem que estar registrada.