Tite condena instabilidade do Flamengo e mantém Libertadores como foco principal

O Flamengo perdeu para o Santos, de virada, por 2 a 1, nesta quarta-feira. Em partida válida pela 31ª rodada do Brasileirão, disputada no Mané Garrincha, em Brasília, o Rubro-Negro saiu na frente, mas sofreu a virada no fim do segundo tempo. Tite analisou a derrota da equipe, a segunda do treinador no comando.

- São partes do jogo. A partida tem diferentes etapas. Temos que ter maturidade para jogar nessas diferentes situações. Não vou entrar no mérito da expulsão. Eu a vi e tenho minha opinião, vou deixar com vocês. Mas não justifica que nós tenhamos uma instabilidade. A instabilidade tivemos no momento do empate. Antes, tivemos inflitrações, acertamos a trave, mas tomamos o gol e sentimos um pouco.

- A equipe ainda está no processo de me conhecer e de ter estabilidade nesses momentos. Isso é maturidade. Deve ser desenvolvido. Tentamos um 4-2-3, com um a menos, mas estávamos sofrendo pelos lados. Mudamos para um 4-3-2, equilibramos a partida e sofremos o gol no fim.

Ao ser perguntado sobre as possibilidades de título brasileiro do Flamengo , Tite manteve os pés no chão e compreendeu a frustração da torcida rubro-negra, mas admitiu que o foco principal é a classificação direta para a Libertadores.

- A realidade dos fatos nós temos que enxergar. É claro que o torcedor fica frustrado. Eu sou torcedor, eu fui torcedor. E tenho compreensão. Nós enquanto profissionais temos que saber absorver essas situações. Isso faz parte da maturidade. Jogar em cima da expectativa do grande clube, da grande marca, da necessidade do resultado. Mas temos que ter a serenidade e a calma e a concentração para administrar tudo isso.

Tite, em coletiva após Flamengo x Santos — Foto: Reprodução

- O objetivo é a classificação direta para Libertadores. É isso desde o início, coerentemente falando. Administrar as situações adversas e os erros. É fazer a cada jogo a nossa performance ser melhor.

Tite admitiu que tem responsabilidade pelos últimos resultados e pediu estabilidade durante as partidas e entre os jogos, ressaltando a instabilidade do Flamengo , marca do time na temporada.

- O técnico Tite tem a responsabilidade igual aos outros. Não tem herói, nem vilão nessas horas. Todos são responsáveis. O trabalho é gerido enquanto equipe, e tenho minha responsabilidade, sim. Buscamos a estabilidade durante as partidas e a estabilidade entre uma partida e outra.

O Flamengo volta a campo contra o Fortaleza, no domingo, às 16h. A partida será disputada no Castelão, no Ceará. Com a derrota, a equipe caiu para a sexta posição no Brasileirão, com 50 pontos em 30 jogos.

Veja outros pontos da coletiva

Reformulação
- Eu entendo a sua pergunta. Eu sabia que o momento era hoje. O agora. A situação é o próximo jogo. No futebol não dá para pensar lá na frente. Lá na frente é o transcurso desses jogos que nós vamos ter.

O que esperar do Flamengo de Tite?
- Time com triangulações, aproximações e tabela. Esse é o diganótico (do Flamengo de Tite). Mas também ter a capacidade de saber jogar com um jogador a menos. Nós sofremos, mas nos reajustes conseguimos. Independentemente do erro da arbitragem, que para mim aconteceu, nós temos que saber administrar e deixar isso de lado. A gente não pode gastar situações que podem nos trazer prejuízo. É dessa forma: triangulações, chegadas na frente, atacar o espaço.

Concentração
- Diversas etapas foram construídas. A gente estabilizou no 4-3-2 no segundo tempo. Deixando dois atacantes mais livres e com movimentação. Quando você tem um jogo que fica mais comprido com um jogador a menos, você tem que ter jogador de mobilidade. Isso equilibrou. A equipe se estabilizou no 4-3-2. A equipe tomou um gol porque ele teve uma felicidade em uma jogada de média distância. Nós tinhamos a puxada de contra-ataque com o Gabi e o Bruno. Tentamos com o Arrascaeta, mas não deu. O resultado foi duro, mas nós cometemos erros.

Expulsão de Gerson
- Absorver, colocar os fatos reais. O Gerson é versátil, trabalha do lado, no centro e como segundo meio-campista. Independentemente do árbitro acertar ou errar, nós temos que absorver e reagir dessa forma. Eu tenho que mexer na equipe. Com um jogador a menos, tivemos uma equiparação. As circunstâncias acabam acontecendo. A qualidade técnica individual no chute de média distância acabou decidindo o jogo.

Rodrigo Caio
- 4-3-2 como o primeiro meio-campista e dois externos. Quando o adversário faz dois atacantes do lado, eles dançam os três médios e não deixam superioridade no lateral. Você deixa dois atacantes mais livres e mais frescos para poder atacar o espaço. Era o Bruno Henrique e o Gabriel.

Desempenho de 2019
- Eu não posso te responder. Eu não estava aqui. Eu seria irresponsável e indelicado. Indelicado. Insensato. Oportunista. O que eu posso dizer é que eu sabia das dificuldades que é pegar no meio de um campeonato tão difícil. Eu tinha noção disso. A gente procura estabilizar a equipe para retomar o caminho de vitórias e de classificação.

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Fonte: Globo Esporte