Tite comemora virada do Flamengo diante do Criciúma e comenta situação de Gabigol

O técnico do Flamengo, Tite, celebrou a vitória suada e de virada por 2 a 1 sobre o Criciúma neste sábado, no estádio Mané Garrincha, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Segundo Tite, os jogadores estavam ansiosos, o que refletiu no rendimento abaixo do esperado, principalmente no primeiro tempo da partida.

- Foram dois tempos distintos. O time estava muito ansioso no primeiro tempo, queria fazer o segundo movimento sem ter feito o primeiro. Quando estamos excessivamente ansiosos, a naturalidade das ações ofensivas, e dos momentos de bola parada defensiva, fica prejudicado. Até pela expectativa de volta de todo mundo. É um processo de retomada também. Foi isso que eu falei no intervalo - argumentou Tite, que também atribuiu o rendimento ruim ao gramado do estádio:

- O espetáculo fica prejudicado, sim. Nós já tínhamos observado isso no jogo anterior. Na outra vez que estivemos aqui (contra o Santos em 2023), ele estava bom, agora não estava. Tem atletas de alto nível, tem saúde, tem uma série de aspectos envolvendo. Não dá para ser assim. Inclusive com o risco de um giro você estoura o atleta. Tem que haver um cuidado maior, acho que falo isso faz uns 10 anos. Se a gente quer valorizar o nosso produto, coloca gramado bom para todos.

Gabigol, autor do gol da vitória, manifestou insatisfação na saída de campo devido ao longo período sem uma chance como titular. Questionado sobre a possibilidade de dar mais minutos ao atacante na maratona de jogos que o Flamengo enfrentará em agosto, Tite foi cauteloso.

- Nosso trabalho sempre é pautado no próximo e nas situações do jogo. Essas projeções, talvez futuramente a gente possa falar. Nesse momento, confesso, não tenho... Tenho desse momento, dessa amostragem, da importância de três pontos que seria exatamente igual independentemente do adversário.

Confira outras respostas de Tite na coletiva após a vitória diante do Criciúma:

Time exposto?

- Nos três últimos jogos, sim, mas exposto não porque são circunstâncias diferentes. Sair atrás gera uma pressão muito grande, esse fator é gerador de ansiedade. E aí, com a nossa experiência de cabelo branco, todo processo que se faça quando é excessivamente ansioso, com uma camisa pesada como a do Flamengo, tende a acelerar demais, a coordenação se perde um pouco, gera impaciência. O mental nesse aspecto, isso vamos trabalhar. E trabalhamos antes também, no intervalo. Sempre sair na frente era um aspecto emocional, mental, importante.

Importância de dois centroavantes de peso

- Três. O Carlinhos foi decisivo contra o Atlético-MG, fez gol lá. Às vezes faz uma movimentação com dois homens vindo de trás, articulação para atacar o espaço.

Empolgação da torcida com Gabigol

- Já estava antes quando fez o empate, quando fez a substituição e continuou com o Gabi até o final

Importância de Gabigol

- A importância de todos em um grupo todo mobilizado, todas as substituições trouxeram. O técnico... Nunca vou ser um cara que vou estar sempre na plenitude da minha alegria porque começam 11, entram cinco, e olho para outros que poderiam estar participando. Falo isso do Bahia (Cleiton), do Lorran, que nem concentrado foi (relacionado). É a força do grupo, o Flamengo sempre acima de qualquer coisa.

Gols sofridos de bola aérea

- De nós todos (preocupação). Especificamente nesse lance, foi uma batida rápida, a gente ficou desconcentrado no posicionamento. Aí teve uma bola intermediária, não era de falta lateral ou escanteio. Houve uma desatenção.

Léo Ortiz sem entrar

- Eu sou técnico formado em Educação Física, ex-atleta que parou com 27 anos, deve ter mais de 2 mil palestrar, 1300 jogos, cabelo branco e continua não dormindo direito. E que fala a verdade. Hoje na palestra, o mesmo discurso. Se ser gestor é falar transparente, nós somos. É a mesma conversa que temos com a direção, às vezes não é a mesma com vocês. Eu não minto, eu omito, não vou querer falar algo porque entendo que não falar publicamente seja importante. Mas eles sabem que essas situações aparecem, esse approach que é emocional, da orientação técnica e tática, e da transparência dessa relação. Isso não é coisa minha, é nossa, do Flamengo.

Brasilia segunda casa do Fla?

- Segunda casa é Aracaju, Manaus... Onde vai, torcedor vem e abraça. Brasília também.

Fonte: S1Live